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Populares protestam contra falta de segurança em estrada entre Tondela e Carregal do Sal 

Uma centena de populares de Tondela participaram hoje numa marcha lenta de protesto contra a falta de segurança na Estrada Regional (ER) 230, que consideram manter-se apesar das obras recentemente feitas pela Infraestruturas de Portugal (IP).

Os populares concentraram-se junto ao cruzamento do Carvalhal de Mouraz, onde se registou um acidente mortal em abril, e depois seguiram nas suas viaturas ao longo da estrada (que liga ao concelho de Carregal do Sal), ao ritmo imposto por um trator.

No local onde morreu o jovem João foram colocadas flores, velas e cruzes em madeira para não deixar esquecer que, se as suas reivindicações não forem ouvidas, outros acidentes poderão acontecer na ER230.

O desvio do trânsito do Itinerário Principal (IP) 3 a partir de segunda-feira – devido às obras de requalificação desta via que liga Coimbra a Viseu -, aumenta as preocupações dos populares, que alegam que a falta de sinalização poderá provocar situações de perigo em vários pontos da ER230.

“A partir de amanhã (segunda-feira) vai passar aqui muito mais trânsito”, afirmou aos jornalistas o presidente da União de Freguesias de Mouraz e Vila Nova da Rainha, Vítor Mota, estimando que as viaturas aumentem “de mil para dez mil por dia”.

Segundo Vítor Mota, que participou na ação de protesto enquanto cidadão, o trânsito vai ser desviado para o Itinerário Complementar (IC) 12 e quem for em direção a Viseu ou para as várias zonas industriais terá de passar pela ER230.

Eduardo Pereira, um dos populares que participou no protesto, contou aos jornalistas que os melhoramentos na ER230 eram há muito pedidos, mas, depois das obras feitas, mantém-se a insegurança.

Mais traços contínuos (alguns só foram feitos na semana passada, depois de um protesto), melhoramentos nos cruzamentos das povoações e uma rotunda no cruzamento de Mouraz, onde “já houve acidentes graves”, são algumas das reivindicações.

“Temos também a questão da velocidade, que é sempre excessiva. Tentámos que fossem colocadas algumas lombas, mas disseram-nos que talvez não fosse possível, uma vez que isto é uma estrada regional”, afirmou Eduardo Pereira, considerando que este argumento “não se percebe muito bem, porque há outras estradas regionais que têm lombas e têm rotundas”.

Os populares questionam o porquê de, desde Nagosela (concelho de Santa Comba Dão) até Carregal do Sal, a estrada estar marcada com o traço contínuo ou duplo contínuo, ter semáforos em Carregal do Sal enquanto, na zona de Tondela, o que predomina é o traço descontínuo.

No seu entender, isso leva a que os condutores não ultrapassem quando circulam na zona de Carregal do Sal, mas quando chegam a Tondela “abusam” das velocidades e ultrapassam nas curvas, cruzamentos e entradas e saídas das povoações.

Segundo Eduardo Pereira, “desde o nó do IP3 até ao nó de Nagosela” a ER230 passa por quatro povoações.

“Não há uma passadeira. As pessoas que queiram atravessar para o lado de lá, para as terras que vão cultivar, não têm como passar. Têm que voar”, ironizou.

A necessidade de atravessarem a estrada leva a que arrisquem a própria vida, uma vez que há condutores que viajam “a velocidades muito grandes”, acrescentou, lembrando que não há um único sinal de limite de velocidade, nem uma placa a assinalar o início das povoações.

“Tudo isto vai fazer com que haja menos segurança nesta estrada e mais possibilidade de haver acidentes”, alertou.

No dia 22 agosto, a Câmara de Tondela aprovou, por unanimidade, uma moção de repúdio pela forma como decorreram as obras de requalificação da ER230.

Durante uma reunião do executivo, a presidente da Câmara de Tondela, Carla Antunes Borges, disse que a sinalização rodoviária prevista no projeto não estava a ser cumprida e lembrou que a via tem “registado acidentes, alguns mortais, como o que ocorreu em 12 de abril”.

 

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