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Polícias municipais em greve para reivindicar aumentos salariais

Os polícias municipais realizam esta quarta-feira, 14 de setembro, uma greve de 24 horas para exigir a regulamentação da carreira e aumentos salariais.

Atualmente, existem cerca de 900 agentes das polícias municipais, a trabalhar em 37 autarquias do país.

De acordo com o sindicalista, os agentes sentem-se “desrespeitados e menosprezados”, uma vez que “a sua carreira profissional não está a ser valorizada”.

“A carreira dos polícias municipais no regime geral está por regulamentar desde 2009. Estamos há 13 anos a aguardar pela regulamentação. Nasceu com salários muito parcos, as progressões são lentas e as alterações de escalão muito baixas”, realçou à Alive Fm, Marco Santos, vice-presidente do Sindicato da Polícias municipais.

O SNPM acusa os diferentes governos de se “esquecerem” destes agentes, ao contrário do que acontece com outros grupos profissionais.

“O nosso salário no início da carreira era o equiparado ao assistente técnico. Eles andaram a negociar a alteração dos índices do início das carreiras da administração pública. Os técnicos superiores foram aumentados e mais uma vez se esqueceram dos agentes da polícia municipal”, criticou.

Assim, segundo o sindicalista, estes profissionais “estão a trabalhar com um salário que dista apenas sete euros do ordenado mínimo nacional”.

“É a polícia mais barata que existe. Não existe na Europa polícia que ganhe menos e que tenha menos respeito por parte da entidade patronal, administração pública. Isto em termos de inflação, agora, torna-se totalmente insuportável”, alertou.

Devido a estas condições, Marco Santos estima que nos últimos tempos abandonaram esta profissão cerca de 400 agentes.

“Neste momento temos pessoal para ir embora para outras carreiras e alguns para o privado. Nós estamos sempre a ser contactados para saber se há perspetivas de carreira, pois têm outras propostas”, alertou.

O SNPM diz que, se sentem completamente abandonados.

Na cidade de Viseu, recorda Marco Santos, que as condições de trabalho têm melhorado nos últimos anos, mas há carência de efetivos.

Além da greve, os agentes vão concentrar-se, em protesto, junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa. “Estamos a contar com uma adesão de cerca de 90% e com a participação em Lisboa de cerca de 500 agentes. Temos cinco autocarros cheios”, adiantou.

Na quarta-feira, os agentes concentram-se a partir das 11:30 no Largo de Santos, partindo cerca das 12:00 em marcha de protesto em direção à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, em São Bento.

No dia 03 de outubro, o SNPM será recebido pelo secretário de Estado da Administração Local, Carlos Miguel.

 

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