O presidente da Câmara de Viseu desafiou o Governo a avançar rapidamente com a construção da nova barragem de Fagilde e garantiu que fará o que for da sua competência para abastecer o concelho de água.
“A questão da barragem de Fagilde é da responsabilidade do Governo. Andem com ela. Se começarem hoje, demoram quatro anos a fazê-la”, disse Fernando Ruas (PSD), durante a reunião da Assembleia Municipal.
O autarca salientou que “uma das prioridades da região é, sem dúvida, o abastecimento de água”, havendo necessidade de “concretizar um projeto agregador”, que tem estado a ser pensado pelos municípios.
“É necessário dar concretização a este processo, assim como é necessário exigir do Estado a concretização das suas tarefas e competências. A construção de uma nova barragem é uma das competências a que o Estado tem que dar seguimento”, afirmou.
Fernando Ruas argumentou que “os municípios são responsáveis pelo abastecimento de água em baixa”, mas não podem fazer barragens, porque não são da sua responsabilidade.
“O fornecimento da água em alta é da responsabilidade da administração central. Nós só queremos que nos seja garantido o abastecimento em alta, porque em baixa cuidamos nós”, garantiu.
O autarca lembrou que “a água produzida na região de Viseu não chega para o abastecimento”, portanto, tem que se ir buscar a outro lado.
“Esse é um problema que estamos neste momento a tratar”, assegurou, acrescentando que, no entanto, “seja qual for a solução encontrada, ela nunca dispensará a construção da barragem de Fagilde”.
A solução “há de ser encontrada numa próxima reunião”, tendo a Câmara de Viseu uma proposta, mas à qual os outros municípios envolvidos “têm que estar abertos”, frisou.
Fernando Ruas explicou que, atendendo ao período de seca que se atravessa, e apesar de “a albufeira de Fagilde, que abastece cerca de 80% da população de Viseu, se encontra com a capacidade máxima de armazenamento de água”, as ensecadeiras (estruturas de contenção) foram subidas “para aumentar o armazenamento de água em mais 35%”.
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