Com o apoio da Associação Sindical dos Profissionais da PSP (ASPP/PSP) e da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), elementos da força de segurança realizaram uma vigília junto ao Comando da GNR de Viseu, contra a proposta apresentada pelo Governo para o subsídio de risco digno e justo.
A vigília é “independente dos sindicatos” e surgiu de um grupo de polícias, tendo a ASPP apoiado o protesto e marcado presença com dirigentes sindicais.
Outros comandos do país também aderiram às vigílias, que vão acontecer até dia 20 de julho, véspera da reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, para apresentação de uma contraproposta dos sindicatos sobre o subsídio de risco.
O Ministério da Administração Interna apresentou às estruturas da PSP e da GNR um novo suplemento por serviço de risco nas forças de segurança, que substituirá o atual suplemento por serviço nas forças de segurança, e contempla a majoração do valor consoante as funções desempenhadas pelos polícias.
De acordo com o MAI, a proposta para a componente fixa do suplemento por serviço nas forças de Segurança (atualmente de 31 euros) prevê 100 euros por mês para os elementos em funções de ronda e patrulha, 90 euros para quem têm funções de comando e 80 euros para os restantes operacionais da PSP e GNR, significando, na prática, um aumento de 68, 59 e 48 respetivamente.
António Oliveira da ASPP/PSP diz que a proposta de suplemento apresentada pelo MAI “é uma esmola”.
Estas forças de segurança dizem que mais 68 euros de subsídio de risco “é muito pouco”, Rui Sousa da Associação dos Profissionais da Guarda diz que, “estas forças de segurança estão a ser tratadas sem dignidade” e exigem um subsídio de risco no valor de 430,39 euros.
O secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna já garantiu a disponibilidade do Governo para atribuir aos polícias um subsídio de risco com valor de “alguma dignidade”, mas num quadro “realista”.
Sem negociação à vista, esta duas forças de segurança já anunciaram a realização de uma manifestação em frente ao MAI no dia 21 de julho e vão apresentar ao Governo uma contraproposta que prevê o pagamento faseado do subsídio de risco até 2024.
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