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Tondela liga-se ao mundo através da música e homenageia artista António Quadros

 O concelho de Tondela vai estar ligado com o mundo através da música entre 12 e 15 de julho, durante um festival que apresentará sonoridades de Portugal, Brasil, Chile, Espanha, Gâmbia, Gana e Madagáscar e homenageará António Quadros.

A Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT) quis, durante a 31.ª edição do Tom de Festa – Festival de Músicas do Mundo, prestar tributo a um filho da terra: o poeta, pintor, gráfico, ceramista, pedagogo e inventor António Quadros, que morreu em 1994 e este ano faria 90 anos.

Segundo José Rui Martins, da direção da ACERT, apesar do legado artístico e humano que deixou e de ser “uma das figuras proeminentes da cultura portuguesa do século XX”, António Quadros “não tem a projeção pública de reconhecimento da sua obra que mereceria”.

“É uma obrigação, um ato de gratidão, por uma figura tão importante da nossa cultura, que é de Santiago [de Besteiros, no concelho de Tondela], mas poderia ser de outra parte do país”, frisou.

Um dos momentos do tributo acontecerá logo no dia de abertura do festival, em Molelos, com uma soenga (processo de cozedura tradicional do barro negro) realizada por oleiros, em articulação com a Rede de Cidades e Vilas Cerâmicas.

Ceramistas de todo o país são desafiados a criar peças inspiradas em António Quadros, que ficarão em exposição durante o Tom de Festa e, posteriormente, percorrerão as cidades da rede, até agosto de 2024.

Um dos espetáculos, que se estreia em Tondela no dia 15 de julho, apresentará António Quadros “sonoramente vivo”.

“Amor e circunstância” é um concerto de homenagem que juntará em palco os poemas do artista, através de canções criadas por José Afonso e Amélia Muge, com mais de 15 músicos e cantores.

Para os quatro dias do festival, a ACERT teve a preocupação de preparar um programa com “uma grande heterogeneidade de concertos que refletissem vários países, várias culturas”, explicou José Rui Martins.

Dois deles, o de Sona Jobarteh (Gâmbia) e o de Rajery (Madagáscar), a realizar nos dias 13 e 15 de julho, respetivamente, foram escolhidos não só pela música, mas pelos projetos que lhes estão associados, justificou.

Outro projeto que promete deixar raízes será apresentado no dia 14 de julho. Chama-se “De mar a mar” (Brasil) e juntará em palco músicos brasileiros e portugueses.

José Rui Martins contou que três músicos de Tondela “estão a trabalhar à distância”, depois terão ensaios logo no início da semana do Tom de Festa e apresentarão um espetáculo que “é uma viagem pelo cancioneiro do Ceará” e que também revisitará “temas de cantautores portugueses”.

O espetáculo será depois reapresentado em outubro ou novembro no Ceará, no âmbito de uma digressão do Trigo Limpo Teatro ACERT, “como reflexo deste reencontro sem o mar a separar”, avançou.

No primeiro dia do festival, no Parque das Raposeiras de Molelos, onde também se realizará a soenga, será possível assistir ao espetáculo de teatro de rua Flotados (Espanha), que mistura dança, artes circenses e música.

Nos restantes dias, os espetáculos acontecerão no Novo Ciclo ACERT, no âmbito de um programa que inclui também Da Chick, Carminho, Francisca Urbano e Moullinex (Portugal), Cale Mambo (Chile) e Fra (Gana).

A ACERT já decidiu que, futuramente, a abertura do Tom de Festa acontecerá sempre numa freguesia de Tondela fora da cidade.

 

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