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Seca: Câmara de Mangualde faz levantamento do cadastro de captações de água

A Câmara de Mangualde vai fazer o levantamento do cadastro de captações e reservas de água desativadas, para que possa ativá-las em caso de necessidade, avançou hoje à agência Lusa o presidente da autarquia, Marco Almeida.

O autarca disse que, atendendo à situação de seca que se vive, o executivo decidiu tomar algumas providências.

“Estamos a falar de mais de 40 captações de água. Temos um número significativo que não sabemos como estão. A ideia é fazer o levantamento do cadastro para podermos ativá-las a qualquer momento, sempre que seja necessário”, explicou.

A autarquia tem algumas captações de água ativas, que usa principalmente para regas dos espaços verdes públicos.

Segundo Marco Almeida, também haverá redução de gastos na rega dos espaços verdes públicos.

“Havia sítios em que tínhamos duas regas ao dia, vai passar a uma, e havia espaços em que a rega era de uma hora e vai ser reduzida para metade”, acrescentou.

O autarca disse que a Câmara de Mangualde também já arrancou com “uma campanha de sensibilização, com um apelo forte ao não esbanjamento”.

“As pessoas não olham para a água como olham, por exemplo, para os gastos de eletricidade. Inconscientemente, criámos o hábito de desligar uma luz que não esteja a ser necessária, mas no que respeita à água não fazemos muito isso”, lamentou.

No passado, a autarquia já tinha começado a desativar os fontanários que estavam ligados à rede pública e agora vai dar seguimento a esse trabalho.

“Neste momento, estamos a desativar todos aqueles que ainda estavam em funcionamento”, referiu Marco Almeida.

Além do abastecimento de água aos munícipes, também a situação na agricultura está a preocupar o presidente deste concelho do distrito de Viseu.

A falta de água nos pastos que servem de alimento às ovelhas que produzem o leite necessário para o queijo com Denominação de Origem Protegida (DOP) Serra da Estrela e nas árvores de frutos vermelhos estão entre as suas principais preocupações.

“Isto só se resolve se chover. A única situação que está ao nosso alcance é a aplicação de boas práticas, é sensibilizar as pessoas, sendo certo que só isso não chega”, acrescentou.

 

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