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Museu Nacional Grão Vasco perde cerca de 15 mil euros em março e abril

O Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, estima perder cerca de 15 mil euros de receita relativa aos meses de março e abril, devido à covid-19, afirmou a diretora, Odete Paiva.

Somos um serviço do Estado e isso faz com que os funcionários tenham a expectativa de que receberão o seu salário. Mas, do ponto de vista da receita gerada quer através da bilheteira, quer da loja, o impacto é 100% negativo, porque estamos encerrados ao público desde 15 de março”, explicou.

Segundo Odete Paiva, durante o mês de março, o museu é habitualmente muito visitado por grupos escolares e de seniores e, no de abril, por espanhóis.

“Esta semana da Páscoa teríamos o museu completamente cheio, numa situação normal”, frisou.

Em março do ano passado, o Museu Nacional Grão Vasco foi visitado por 6.513 pessoas e, em abril, por 7.727. Em março deste ano, até ao dia 15, tinha registado 816 visitantes.

“A primeira semana de março ainda foi mais ou menos razoável, mas na segunda já não tivemos quase ninguém e foram canceladas imensas visitas”, contou a diretora.

De acordo com Odete Paiva, foram já canceladas visitas de 18 grupos em março e 16 em abril, que representariam 431 e 393 visitantes, respetivamente.

Desde 15 de março, os funcionários do museu estão apenas a cumprir serviços mínimos. Todos os dias vai um dos técnicos ao museu corrigir temperaturas e humidades.

“Temos segurança 24 horas nas coleções e a conservação das obras é assegurada todos os dias, rotativamente, por um dos técnicos”, explicou.

Odete Paiva avançou que estão a ser trabalhados projetos novos para que, quando for possível reabrir a porta do museu, este volte a atrair portugueses e estrangeiros.

No entanto, a responsável considerou previsível que se sintam “dificuldades na captação de público, tendo em conta a atual situação do turismo nacional e internacional”.

Por outro lado, “os grupos escolares, que constituem uma parte muito significativa dos visitantes do museu, também não regressarão antes de setembro”, acrescentou.

 

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