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Moimenta da Beira celebrou o cinquentenário do 25 de abril de 1974

O Largo do Tabolado, em Moimenta da Beira, recebeu na manhã de 25 de abril as comemorações do cinquentenário da Revolução dos Cravos. O programa, repleto de eventos comemorativos, teve início às 9 horas, com o içar das bandeiras ao som do Hino Nacional e Guarda de Honra pelo Corpo de Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira. Logo depois seguiu-se a deposição de cravos no monumento que celebra o 25 de abril.

Na sessão solene, o Presidente da Assembleia Municipal, João Xavier, salientou a importância da celebração desta efeméride. “Hoje comemoramos a liberdade alcançada com o 25 de abril de 1974. É tempo de fazermos um balanço destas cinco décadas passadas. É tempo de avaliarmos o caminho percorrido da liberdade. Os valores do 25 de abril tiveram e têm como objetivo caminhar para a frente, para o desenvolvimento e para melhorar a vida dos homens e mulheres de Portugal. Não foi apenas a liberdade que o 25 de abril nos trouxe. Trouxe-nos um estado reforçado, com um poder local democrático, que desde 1976 fez um caminho de desenvolvimento e que foi essencial para o progresso das nossas freguesias e dos nossos concelhos”, afirmou.

Alexandra Marques, que falou em representação dos eleitos da coligação PPD/PSD-CDS/PP no executivo municipal, optou pela abordagem daqueles que lutaram para a implementação da democracia em Portugal. “Na avaliação de meio século de democracia, não podemos nem devemos esquecer todos os que lutaram para a sua conquista: os Capitães de Abril, a sociedade civil que saiu à rua, os perseguidos pelo regime, as vítimas de tortura, os que foram obrigados a optar pelo exílio, todos os que direta ou indiretamente foram vítimas da ausência da liberdade. A ditadura foi ausência da liberdade, o calar, o medo, o analfabetismo, a ausência de cuidados de saúde gratuitos, o impedimento de podermos falar o que pensamos, e para nós mulheres a possibilidade de escolher viajar sem a devida autorização e o simples direito de votar. Depois de 48 anos de um regime autoritário, a chamada ditadura terminou. A soberania foi finalmente devolvida ao povo”, concluiu.

“25 de abril. 25 de novembro. Dia da Liberdade. Dia da Democracia. São estas as duas datas que devemos procurar celebrar rendendo homenagem a todos aqueles que sacrificaram as suas vidas, partiram para a incerteza do que lhes poderia acontecer, mas foram capazes de andar para a frente sem limite, sem linhas vermelhas. Toca a andar porque o Homem é livre, nasceu livre, nasceu para a liberdade” disse Hélder Tavares, membro da assembleia da Municipal, em representação dos eleitos da coligação PPD/PSD-CDS/PP na Assembleia Municipal.

Antes da homenagem aos membros eleitos da Assembleia Municipal, Câmara Municipal e Juntas de Freguesia, no período de 1974 a 2024, o presidente da Câmara de Moimenta da Beira, Paulo Figueiredo, disse: “para nós, Moimentenses, comemorar o 25 de abril e a democracia que se sucedeu é sobretudo reviver a energia e a coragem dos militares de abril devolvendo ao nosso país a liberdade, e essa mesma liberdade a cada um de nós. Não nos devemos esquecer do povo. Foi parte integrante no processo da liberdade com a sua alegria contagiante com que encheram as ruas, com a alegria espalhada em seus rostos, acenando cravos vermelhos, uma imagem que correu mundo tornando-se bandeira da liberdade conquistada e que nunca mais será abandonada”, concluiu, encerrando os discursos protocolares da sessão solene.

A manhã ficou ainda marcada pelas homenagens a Alexandre Cardia, com a inauguração da estátua no Terreiro das Freiras, e ao Capitão de Abril, Diamantino Gertrudes da Silva, em Alvite.

Já no período da tarde as comemorações do Dia da liberdade continuaram com a atuação da Banda Quinta do Picado, no Largo do Tabolado, e encerraram com o concerto do cantautor Fernando Tordo, na Praceta Comandante José Requeijo.

 

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