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Enfermeiros do hospital de Viseu não têm onde deixar os filhos, denuncia sindicto

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) alertou para a degradação das condições de trabalho no Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV), que tem uma centena de enfermeiros afastados devido à covid-19.

Segundo Alfredo Gomes, tal como acontece noutros hospitais, ao propor “contratos de quatro meses que não dão garantia de estabilidade”, o CHTV não consegue atrair enfermeiros.

O dirigente sindical criticou o Governo por “não resolver os problemas dos enfermeiros que já vêm de trás” e que agora se juntam aos criados pela pandemia de covid-19.

No entender do SEP, a melhor forma de reconhecer o trabalho que os enfermeiros têm feito “é pela via da avaliação de desempenho, atribuindo a classificação de relevante a todos os profissionais de saúde e, assim, reconhecendo todos de forma igual, sem discriminação”.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses denunciou também que, muitos profissionais de saúde, com as escolas fechadas e o país confinado, não têm com quem deixar os filhos, sobretudo os mais novos, referiu o sindicalista Alfredo Gomes.

O dirigente sindical deu o exemplo de um caso, que classificou como “aberrante”, de um casal de enfermeiros ao qual foi dada como solução uma instituição de ensino privada que solicitou uma mensalidade superior a 500 euros.

Segundo, o Sindicato do Enfermeiros Portugueses, também os pais das crianças e jovens com necessidades educativas especiais enfrentam dificuldades. “Os enfermeiros não sabem onde é que os devem colocar porque têm um apoio especial, que no despacho diz que é garantido, e as escolas dizem que não têm possibilidade de garantir”, lamentou.

As queixas e reparos do Sindicato do Enfermeiros Portugueses não se ficam por aqui. Com a pressão cada vez maior sobre os hospitais por causa da Covid-19 e com as unidades a terem que recrutar mais pessoal, a estrutura sindical considera que os profissionais de enfermagem que emigraram dificilmente voltam a Portugal para ajudar no combate ao coronavírus porque os contratos oferecidos não são atrativos.

O sindicalista Alfredo Gomes diz ainda que os enfermeiros vêm com data de entrada, mas sem data de saída. O que é garantido é que mais dia, menos dia, vão embora quando não forem necessários e isto não é um contrato que qualquer pessoa, seja profissional de saúde ou outra, deixe uma garantia por uma coisa que é incerta”, sustentou.

 

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