Empresários estão a apostar na abertura de casas de alojamento local no Douro e a procura pelos turistas portugueses e estrangeiros tem ultrapassado as expectativas neste verão, mesmo em unidades que abriram as portas em 2022.
No ano em que o Douro assinala 20 anos como Património Mundial da UNESCO, o território enche-se de turistas que se espalham pelos vários concelhos e as mais variadas propostas, desde as tradicionais quintas, os hotéis ou as unidades de alojamento local.
Três cunhados juntaram-se para desenvolver um projeto turístico cujo lema é a “cidade, serra e rio” e quer ligar Lamego, no distrito de Viseu, a serra das Meadas e o rio Douro. A empresa é a Sublime Douro e o primeiro passo foi dado esta semana com a abertura da casa de alojamento local “6/4 de Lamego”, com seis quartos e localizado junto à zona histórica.
“Somos durienses de gema, netos de agricultores que ajudaram a criar o Douro. Um dos sócios veio de propósito da Suíça, depois de 16 anos de emigração. Lamego é a nossa casa e, por mais voltas que demos ao mundo, é aqui que nos sentimos bem”, contou à Lusa o empresário Paulo Roque.
O Douro é, na sua opinião, um território em “expansão turística” que alia a paisagem classificada pela UNESCO à “boa gastronomia” e “hospitalidade”.
O projeto inclui ainda dois apartamentos T1 junto ao rio Douro e cinco pequenas casas na serra, perto do Parque Biológico de Lamego, nas quais se vai apostar na sustentabilidade com painéis fotovoltaicos ou reutilização da água. Na cidade de Lamego, perto da escadaria de Nossa Senhora dos Remédios, estão também a restaurar uma outra casa com cinco suítes para alojamento local.
Paulo Roque referiu que o projeto, no total, representa um investimento de cerca de um milhão de euros, adiantando a intenção de candidatar parte dos empreendimentos a fundos comunitários. As dificuldades sentidas estão, apontou, relacionadas com a falta de mão-de-obra para a concretização das obras, esperando, no entanto, que todas as unidades, num total de 25 quartos, estejam a funcionar até ao final de 2023. Serão criado cerca de 10 postos de trabalho.
“O Douro está a ser explorado a 30% da sua capacidade. Foi-nos dada uma ‘zona de ouro’. A natureza criou aqui um sem número de oportunidades para toda a gente”, salientou o empresário, que explora uma casa de jogos no centro de Lamego de onde observa “cada vez mais turistas” neste território.
Lusa
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