Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) é na região centro do país o hospital mais pressionado pela Covid-19. O diretor clínico da unidade hospitalar, Eduardo Melo, diz que o cenário é complicado.
O hospital de Viseu tem um número de internados “elevadíssimo”, 280 doentes internados, e 21 deles em cuidados intensivos e os restantes em enfermaria. Este tem sido um número relativamente estável ao longo das últimas semanas.
Em média, por dia, são internados 20 a 30 doentes com o novo coronavírus no hospital. Os cuidados intensivos foram reforçados. Têm agora 26 camas e quase todas estão ocupadas.
Eduardo Melo realça que o hospital de Viseu tem feito uma gestão com muita imaginação e pedindo aos profissionais que façam um pouco mais ainda e ultrapassando muitas vezes os seus limites.
A realidade no Centro Hospitalar sediado em Viseu é dura, Eduardo Melo diz que na unidade hospitalar se pratica nos dias de hoje uma medicina de catástrofe, com os profissionais de saúde exaustos, mas a trabalhar.
O diretor clínico diz que “os profissionais de saúde no hospital de Viseu são resilientes e felizmente não há muitos profissionais a ficarem sem condições para trabalhar.
Perante o aumento do número de infetados por covid-19 e para aliviar a pressão do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, foi ativada a Estrutura de Apoio de Retaguarda (EAR) e o Hospital de Campanha, um total de 64 camas”.
A Estrutura de Apoio de Retaguarda está destinada a receber doentes infetados com o vírus SARS-CoV-2, sem necessidade de internamento hospitalar e utentes de estruturas residenciais de idosos que não possam cumprir isolamento nas respetivas instalações.
O diretor clínico do hospital de Viseu, Eduardo Melo diz que, no hospital de campanha do Fontelo ainda não foi atingida a capacidade máxima de internamentos. Para já não está previsto ativar o pavilhão Multiusos, também transformado em unidade hospitalar para receber doentes Covid.
O número de mortes no Centro Hospitalar Tondela-Viseu também disparou e a morgue do hospital teve que ser ampliada, recentemente foi instalada uma câmara frigorífica adicional com capacidade para acumular mais dez cadáveres.
No serviço de urgências, “a pressão é constante” e “diária”, ainda que Eduardo Melo reconheça que os “tempos de espera são superiores ao desejado”, o diretor clínico no CHTV garante que para já “não há muitas horas de espera”, nem filas “de ambulâncias.
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