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Covid-19: Deputados do PSD de Viseu dizem que hospital está no limite

Os deputados sociais-democratas eleitos por Viseu dizem que o Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) “está no limite de camas e de cansaço dos profissionais” de saúde que estão a agir em todas as valências hospitalares.

“Neste momento, apesar de toda a capacidade existencial estar a ser garantida, nenhum serviço está parado, a verdade é que está tudo no limite. Quer o cansaço dos profissionais, quer na capacidade que há de internamento e prestação de cuidados, nomeadamente intensivos, em que as 12 camas disponíveis já estão todas ocupadas”, disse o deputado Pedro Alves.

O também líder da distrital do PSD de Viseu sublinhou à agência Lusa que o limite das camas nos cuidados intensivos do CHTV “foi atingido na sexta-feira”, apesar de “a maioria desses doentes ser não covid, porque a atividade não parou noutras patologias”.

“A enfermaria que estava disponível, com 26 camas, também já foi ocupada e, há uma outra, também de 26 camas, que já tem quatro ocupadas. Neste momento, estão por ocupar 22 camas covid”, contabilizou Pedro Alves, após uma reunião com o conselho de administração (CA) do CHTV.

O objetivo do encontro, o primeiro com este CA, que tomou posse em julho, foi conhecer os membros e perceber em que condições está o CHTV para dar resposta à pandemia de covid-19.

Os deputados constataram que “há uma preocupação acrescida, porque os recursos humanos estão, neste momento, muito cansados”, ou “porque estão na linha da frente desde março, ou porque com a paragem de diversos serviços no início da pandemia, houve uma tentativa de recuperar em consultas e cirurgias”.

“O que também provocou um maior cansaço em todos os profissionais. Neste momento, apesar de toda a capacidade existencial estar a ser garantida, nenhum serviço está parado, a verdade é que está tudo no limite”, disse.

Pedro Alves reconheceu que “o facto de a taxa de incidência da infeção ser menor na região Centro, e na área de referência do CHTV, em virtude de também ser em territórios de baixa densidade e do estilo de vida, a verdade é que é uma preocupação muito grande”.

“Com baixa incidência já está no limite, se houver uma maior incidência poderá haver uma rutura num curto espaço de tempo e não dá para fazer diferente, porque não há recursos humanos disponíveis para dar resposta, nem outro tipo de recursos”, admitiu.

Neste sentido, o deputado disse que está “apreensivo” com a situação que “rapidamente pode entrar em rutura, em catástrofe” e, por isso, reforçou o apelo de que “é fundamental o dever cívico de cada cidadão, uma responsabilização individual, para que cada um se proteja e proteja os outros para não haver um aumento de infeções e contágios”.

“Por outro lado, todos aqueles que tenham pequenos sintomas não se desloquem ao centro hospitalar nem a nenhum centro de saúde. Liguem para a linha Saúde 24 onde é possível obter um conjunto de resposta e até de acesso a testes, sem deslocações a unidades de saúde”, apelou.

 

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