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Covid-19: autarcas do distrito de Viseu queixam-se de falta de equipamento e de teste

Os presidentes das câmaras municipais de Castro Daire, Mangualde e Resende, queixam-se da falta de equipamento de proteção individual e de testes para os lares do concelho.

“Gostaria de exigir ao Governo que não demore muito a fazer os testes aqui no Interior, para que a narrativa da interioridade e da importância do Interior não seja meramente uma narrativa romântica, mas, sim, que seja uma realidade na hora da verdade e esta é a hora da verdade”, afirmou o presidente do município de Mangualde.

Segundo Elísio Oliveira, das quatro instituições particulares de solidariedade social (IPSS) no concelho, há pessoas infetadas com covid-19 no Lar de São José, em Santiago de Cassurrães.

“Em Mangualde estão seis pessoas infetadas, quatro são do Lar de São José de Santiago de Cassurrães. São duas colaboradoras e dois utentes. Esta quarta-feira, 8 de abril, todos os utentes vão fazer o teste e depois serão os colaboradores a irem a Viseu fazer também os testes a mando do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, explicou.

Elísio Oliveira defendeu que “deveria haver testes em todos os lares e não só onde há casos positivos”, assim como material: “Todo o que foi distribuído pelas IPSS foram doações da autarquia, porque por parte do Estado não chegou nenhum equipamento ao município”.

A mesma queixa de falta de equipamento é feita pelo presidente do município de Castro Daire, onde “existem 50 pessoas infetadas no concelho, 12 na comunidade e 38 no Lar Esperança e Bem Estar, em São Joaninho, onde 28 são utentes e 10 são funcionários”.

Paulo Almeida especificou que “a Autoridade de Saúde mandou fazer exames a todos os utentes e aos funcionários sintomáticos” deste lar, tendo a câmara, a suas expensas, alargado “os testes aos restantes funcionários e também a quem faz o apoio domiciliário”.
“Como deram positivo alguns casos em quem faz o apoio domiciliário, a Autoridade de Saúde já mandou fazer testes aos mais de 30 utentes que recebem esse apoio, mas os testes deviam ser alargados a todos os lares do concelho para podermos fazer o despiste e, com isso, fazer a contenção da propagação do vírus”, argumentou.

Paulo Almeida também se queixou da falta de equipamento de proteção individual e adiantou que, até ao momento, “a autarquia já gastou mais de 150 mil euros com a pandemia e só com o equipamento foram mais de 100 mil euros, uma vez que nunca chegou material nenhum ao município”.

Das 10 IPSS do concelho de Castro Daire, há, “neste momento, mais” uma instituição “com uma funcionária infetada” e, nesse sentido, “a Autoridade da Saúde já mandou fazer testes” aos utentes “para se perceber qual a dimensão do contágio”, esclareceu o autarca.

Esta profissional está contabilizada nos números do município de Resende, uma vez que é residente neste concelho, que também já regista 57 pessoas infetadas, segundo o presidente da câmara. “Da Santa Casa da Misericórdia de Resende temos confirmados 45 casos infetados, entre utentes, 28, e colaboradores, 17, mantém-se assim o mesmo número desde o dia 05 de abril, mas mais sete pessoas da comunidade confirmadas, ao todo são 52”, especificou Garcez Trindade.
“Fizemos testes a todos os utentes e colaboradores e foram tomadas as medidas normais nestas situações, com separação dos infetados, que estão isolados, e os procedimentos tutelados pela Autoridade de Saúde”, adiantou, lamentando: “Não temos material nenhum que nos tenha sido enviado pela DGS [Direção-Geral da Saúde].
De acordo com Garcez Trindade, o material que existe é “o próprio da

Santa Casa e a câmara tem ajudado naquilo que pode”.
“Temos várias encomendas feitas e aguardamos que cheguem, por exemplo, através da Comunidade intermunicipal Tâmega e Sousa que deve chegar para a semana, e encomendas da autarquia para distribuir pelas três entidades que têm utentes idosos”, adiantou.

 

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