O Cine Clube de Viseu vai reiniciar as sessões de cinema no auditório do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) com o ciclo “Retoma”, desta vez com menos lugares disponíveis e com entrada livre.
“A partir de 11 de junho, Retoma (ou a beleza das coisas simples) e para assinalar o momento todas as sessões terão entrada livre (…) e neste período, a lotação da sala passa dos 160 para 48 lugares e, por isso, a reserva é obrigatória”, adianta um comunicado do Cine Clube de Viseu.
A abrir o novo ciclo de cinema, está uma curta-metragem de 2019, de Regina Pessoa, “Tio Tomás, a Contabilidade dos Dias”, que a realizadora concebeu a partir das memórias afetivas e visuais da infância, para homenagear o seu tio Tomás.
Desde a estreia, há um ano, a `curta` de 13 minutos já foi distinguida com os principais prémios de vários festivais, entre os quais o de Annecy, em França, o Animamundi, no Brasil, e o Festival de Animação de Tóquio, além dos Caminhos do Cinema Português, em Coimbra. Em janeiro deste ano, nos Estados Unidos, venceu o prémio de Melhor Curta Metragem, dos prémios Annie, os `Óscares` do cinema de animação.
Em Viseu, a noite de “Retoma” do Cine Clube continua com “Maya”, de Mia Hansen-Love, um filme de 2018, que conta a história de um fotojornalista de guerra que, após quatro meses como refém na Síria, resolve viajar para a Índia e reencontrar-se com a mãe. Lá conhece Maya, uma jovem que o ajudará no processo.
Da programação faz ainda parte, no dia 18 de junho, “Retrato da Rapariga em Chamas”, um filme de 2019, de Céline Sciamma, que coloca o espectador em França, nos finais do século XVIII, no meio do processo de elaboração do quadro de uma mulher que não quer ser retratada, e, a 25 de junho, “Kinos”, de 2017, do realizador Philipp Hartmann, que embarca numa viagem por salas de cinema.
O mês de julho também tem dois filmes agendados. No dia 02, é “Táxi” que `roda` no auditório do IPDJ, um filme de 2015, do realizador Jafar Panahi que é também o taxista nas ruas de Teerão e permite capturar o espírito da sociedade iraniana, numa viagem divertida e dramática.
A 09 de julho chega “Liberté”, de 2019, do realizador Albert Serra que leva o espetador a viajar até França, para acompanhar um grupo de libertinos franceses do século XVII, fugidos ao regime conservador de Luís XVI, e que procuram apoio do duque de Walchen, um famoso sedutor alemão de mente aberta e que não se deixa vergar pela hipocrisia e falsa virtude da sociedade.
Rodado integralmente em Portugal, nomeadamente na Serra de Sintra, “Liberté” distinguiu-se pela sua fotografia e conseguiu o Prémio Especial do Júri no Festival de Cannes, no ano passado, na secção Un Certain Regard.
O Cine Clube de Viseu adianta que os associados podem reservar desde já os lugares no auditório e, a partir de segunda-feira, abrem as reservas para o público em geral, a partir do e-mail geral@cineclubeviseu.pt ou pelo telefone 232 432 760.
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