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Casal inglês investe três milhões de euros numa quinta rural em Cinfães

Um casal inglês já investiu mais de três milhões de euros numa propriedade em Cinfães, disse hoje à agência Lusa o presidente daquela Câmara do distrito de Viseu, que espera em breve ter no concelho mais um espaço de turismo rural.

“É um casal de ingleses – Belinda e Andrew Skipper. Ele é advogado, diretor e proprietário de uma empresa de advogados, comprou uma propriedade com cerca de 9,5 hectares e está a transformá-la”, contou Armando Mourisco.

Segundo explicou à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal de Cinfães, este investimento, “que, até agora, já passou os três milhões de euros”, começou há quatro anos, com a aquisição da propriedade.

“Iniciou o investimento na área agrícola, no setor da vinha e do olival. Já há produção de vinho das castas Avesso e Alvarinho e, atualmente, está a reabilitar a casa que tem uma traça muito tradicional”, explicou.

Recentemente, contou, visitou as obras que estão a decorrer e, no seu entender, o casal “está a transformar a casa num hotel rural de grande atratividade, não só para o concelho de Cinfães, como para a região”.

“A ideia do senhor Skipper é muito interessante. Ele sabe que na primavera e verão não terá dificuldade com o turismo, mas como é proprietário de uma empresa que opera nos quatro cantos do mundo e estão, constantemente, a fazer formações setoriais, Cinfães vai ser um local estratégico”, contou.

Armando Mourisco explicou que o investidor “tem ideia de concentrar a formação ou, pelo menos, parte dela em Cinfães, já que devido à diferente legislação nos diversos países em que a empresa trabalha” os advogados necessitam desses encontros.

“Ou seja, o senhor Skipper disse que, em vez de estar a alugar hotéis nos países para as formações, Cinfães passará a acolher durante dias seguidos grupos de advogados para formação, dos milhares com quem trabalham em todo o mundo”.

Neste sentido, o presidente de Cinfães está convicto de que “os grupos de advogados que estarão na Quinta da Soalheira visitarão o concelho, irão comer aos restaurantes locais, são potenciais clientes no município e são, com certeza, pessoas que irão divulgar o concelho pelo mundo fora”.

“Este é um dos investimentos diferenciadores de que o interior precisa. Diferenciador pela qualidade do investimento e por manter a traça original. E diferenciador por aquilo que é a perspetiva futura da dinâmica económica do concelho”, considerou.

O projeto perspetiva a criação de “12 unidades de alojamento, com capacidade para 24 pessoas”, e “espaços para eventos mais familiares, como casamentos ou batizados, mas também empresariais, como as formações, colóquios ou encontros empresariais”.

“Tem um espaço exterior magnífico, mas não vai ter restaurante, embora tenha capacidade de dar apoio ao catering dos eventos”, especificou Armando Mourisco, que também espera “a criação de postos de trabalho com a abertura do hotel”.

Desde o início do projeto, “já foram criados dois de forma permanente, porque é preciso cuidar da vinha e de todo o espaço, mas também vai haver cavalariça, porque a senhora Belinda é cavaleira e fez parte da equipa de equitação inglesa”.

“Ou seja, há espaço para novos postos de trabalho, mas não só, há empresas locais com subempreitadas nas obras da casa. Isto provoca dinâmica e a criação de novas empresas”, defendeu.

Armando Mourisco considerou que, em concelhos como o de Cinfães, “isto tem um impacto extraordinário e uma importância enorme”.

 

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