O candidato à Câmara de Viseu pela Iniciativa Liberal (IL), Fernando Figueiredo, assumiu esta sexta-feira que quer travar obras como a do Mercado 2 de Maio e o mercado de produtores para alterar os seus projetos.
“Queremos que o futuro seja diferente, que as obras que são pensadas que sejam também obras icónicas. (…) Para uma cidade que se quer afirmar, que quer ser, e deve ser, uma referência na região e até europeia, é lamentável”, afirmou Fernando Figueiredo.
À agência Lusa, o candidato disse que a solução para o Mercado 2 de Maio (M2M), situado no centro histórico e cujas obras se iniciaram este ano debaixo de polémica, passa por “sentar de novo com o empreiteiro e discutir uma adequada indemnização” para acabar com aquilo que considera “uma ferida no coração da cidade”.
Até porque, defendeu, com esta obra, “qualquer tentativa de classificação, por parte da UNESCO, deste espaço resulta infrutífera, pela forma e condições da obra que foi para aqui desenhada, com todo aquele painel fotovoltaico” que vai cobrir o espaço.
Assim, a Iniciativa Liberal quer “voltar a colocar [o arquiteto] Siza Vieira no centro da discussão, mas agora envolvendo os comerciantes, os produtores, a sociedade civil, não só a autarquia” e, “certamente, que o Siza irá encontrar uma solução” para “a devolver a vida e o mercado aos viseenses”.
O M2M é “uma situação semelhante a outras obras despesistas” como o mercado de produtores. Não se encontra racional nem explicação” para a decisão de avançar com “uma obra provisória, para destruir uma outra, para a seguir recuperá-la, para depois voltar a destruir o provisório, é deitar dinheiro à rua”, uma vez que “são 740 mil euros e não 70” euros.
Para este projeto, cuja obra começou, igualmente, este ano, disse não entender a decisão de “fazer uma obra provisória, para destruir uma outra, para a seguir recuperá-la, para depois voltar a destruir o provisório — é deitar dinheiro à rua”, uma vez que são “740 mil euros, não são sete” euros, sublinhou.
Para aquele espaço o candidato quer que “seja feito um mercado definitivo, onde no primeiro piso se mantenha na mesma o estacionamento, um outro piso, ao nível do terraço da Segurança Social, onde funcione o mercado”, e um piso superior, para “esplanadas, restauração” e no qual “funcione uma nova forma de apoiar os produtores”.
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