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Autarca de Viseu está preocupado com o aumento de grafitis em mobiliário urbano e edifícios

O presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, está preocupado com “o crescente” de grafitis ilegais em mobiliário urbano e edifícios, em especial na área urbana da cidade.

“Isto é muito complicado. Encontrámos as casas de banho do parque da cidade todas grafitadas e mandamo-las reparar e, logo a seguir, estão novamente assim, neste estado”, lamentou o autarca enquanto exibia fotografias dos espaços “todos grafitados”.

Isto, continuou Fernando Ruas, “logo depois de a Câmara ter gasto um dinheirão na reparação” destes espaços e, “tudo isto, no centro da cidade, já nem sequer se limitam às periferias, já atuam mesmo em pleno centro urbano”.

“Isto não pode ser! Juntamos a isto uma outra situação que também é clarividente. As escadas de Santo Agostinho que estiveram quatro anos desligadas, mandámo-las ligar e logo a seguir foram grafitadas”, acusou.

Fernando Ruas admitiu que a autarquia “vai pedir à PSP ajuda para debelar esta situação” que, no seu entender, “é preocupante, porque é o património que está em causa e vem em crescendo”, no património público.

“É tudo património público, mas agora já passa para o património com mais traça. Há tempos foi no edifício do tribunal e esta situação é complicada, porque era no granito e foi retirado à pica, foi muito complicado retirar aquela inscrição que lá estava em inglês e que feria”, referiu.

Também na Cava de Viriato, apontou o autarca, “as placas de aço corten estão todas pintadas e a única maneira daquele material ficar limpo é pintar, já que os grafitis “não se conseguem tirar de outra forma daquele tipo de aço”.

O autarca lembrou que o que acontece um pouco por toda a Europa é os grafitis estarem “em zonas mais afastadas dos centros das cidades, até nas barreiras dos caminhos-de-ferro e nas carruagens” sendo que em Viseu “é mesmo no centro da cidade”.

“Se não conseguimos vigiar movimentos anómalos no centro da cidade, estamos preocupados com isto. Não sabemos a que horas é feito, nem quando, mas é preocupante e como não tem arte nenhuma, também se faz num instante”, acusou.

O autarca reconheceu que “não está contabilizado” o investimento da autarquia na “limpeza destes grafitis”, mas disse saber que “são milhares de euros que custa limpar” e, neste momento, “não há sítio nenhum onde não haja”.

“Só pode ser caro e bem caro, andar a limpar tudo com uma equipa de homens a fazer isto. E não estamos disponíveis para andar sempre nisto. Nem o orçamento da câmara se compatibiliza com isto. Compomos hoje, amanhã estão grafitadas. Não”, reagiu.

O presidente lembrou que, “tal como no passado”, que recebeu “‘gafiters’ bem-intencionados” e aos quais a autarquia “cedeu espaços próprios para trabalharem a sua arte e ainda lhes comprou as tintas”.

“Ainda hoje temos grafites nesses espaços. Mas que não sejam estes grafitis indisciplinados e, sobretudo, contra o património, mas dizem-me que os ‘gafiters’ têm alguma ‘pica’, deixem-me passar a expressão, em ser ilegal”, disse.

 

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