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Autárquicas: Candidato do Chega quer colocar Tabuaço no caminho do progresso

O candidato do Chega à Câmara Municipal de Tabuaço, Joaquim Monteiro Ferreira, quer colocar o seu concelho no caminho do progresso com o foco nas potencialidades do município, nomeadamente o património ambiental e a agricultura.

“É um concelho com bastantes potencialidades e eu não consigo entender o porquê de continuar na cauda dos concelhos nacionais. Tabuaço tem tudo, todas as potencialidades, fundamentalmente agrícolas e ambientais para o lazer”, defendeu Joaquim Monteiro Ferreira.

À agência Lusa, o candidato disse que de “indústria o concelho não tem nada”, isto, porque, no seu entender, “não é promovido nessa área e cada vez está mais desertificado” e essa foi uma das razões que levou o candidato a aceitar o desafio do Chega.

“Quero ver se Tabuaço, que parou no tempo, começa a entrar no caminho do progresso. Há vários aspetos que podem ser trabalhados para reduzir substancialmente a desertificação, criar emprego, atrair turistas, aproveitar todas as potencialidades que o concelho tem para o seu engrandecimento a curto prazo”, considerou.

Esta é a segunda vez que se candidata à presidência da câmara, já o tinha feito em 2009, na altura enquanto independente numa lista do CDS-PP. Não conseguiu lugar no executivo, mas o partido colocou um elemento na assembleia municipal.

“Agora vou pelo Chega e, pela primeira vez, filiei-me num partido e estou convencido que se a nossa mensagem chegar aos eleitores, vão perceber que não queremos projetar o futuro com factos passados, mas sim projetar o concelho com uma visão aberta, porque Tabuaço é dos concelhos mais atrasados no país”, apontou.

No seu entender, “se há concelho que tem ótimas condições para criar áreas de lazer é Tabuaço, mas nada foi feito, zero, e há tanta coisa a fazer para atrair investidores, porque os que querem acabam por ir para outros concelhos e assim nunca se conseguirá combater a desertificação” neste município.

Joaquim Monteiro Ferreira, natural da freguesia de Paradela e formado em Direito, 65 anos, está reformado “há cerca de 10 anos”, altura em que deixou o Porto, cidade onde trabalhou, para regressar às origens onde se dedica a um dos ‘hobbies’ que mais gosta, a agricultura.

“Gosto da agricultura, porque estou em contacto com a natureza, com as pessoas simples, humildes, é disso que eu gosto e é também nesse contexto que vou ouvindo as lamentações das pessoas”, explicou.

Lamentações, continuou, que passam pela “falta de meios de subsistência no concelho que tem cada vez menos gente” e onde “as pessoas vão fugindo, porque é praticamente impossível viver, nomeadamente a juventude, que procura outros locais” onde há emprego.

“Dói-me isto e por isso me candidato, por ver o que se passa no meu concelho. Basta olhar para os vizinhos e perceber que Tabuaço está num marasmo, parou no tempo e esse é o fator principal que me levou a candidatar”, justificou.

O candidato apontou ainda, como exemplo, a criação em Tabuaço de dois parques de energias renováveis, “um eólico, que dá um bom rendimento, e outro fotovoltaico, que estará a produzir a curto prazo”.

“Acho que a câmara não soube tirar dividendos da instalação desses parques, porque podia ser uma forma de criar emprego. Se houvesse conversação ou negociação com os proprietários do parque, acho que era possível haver inserção de pessoas do concelho nas várias áreas que vão ser necessárias para esses parques”, defendeu.

Joaquim Monteiro Ferreira concorre à presidência da Câmara de Tabuaço, nas eleições marcadas para 26 de setembro, com o atual presidente, Carlos Carvalho (PSD/CDS-PP), Carlos Portugal (PS) e Delfim Moutinho (CDU).

Carlos Carvalho, que preside à autarquia desde 2013, conquistou, em 2017, 57,75% dos votos e assegurou três mandatos, tendo o PS ficado com dois vereadores (38,30% dos votos). Então votaram 72,15% dos eleitores de um universo de 5.465 inscritos.

 

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