A iniciativa tem como objetivo ser “um balão de oxigénio” para a restauração, um dos setores mais afetados pela pandemia. Ao mesmo tempo, é um incentivo ao comércio local e tradicional.
O comércio de Tarouca fará descontos aos clientes por cada 100 euros de compras que se transformam em vouchers para restaurantes do concelho, disse esta quarta-feira o vice-presidente da Câmara.
O executivo municipal decidiu premiar aqueles que optam por fazer as suas compras no comércio tradicional, atribuindo um voucher de 25 euros por cada 100 euros em compras realizadas, de 21 de novembro a 31 de dezembro de 2020, nas lojas aderentes”.
Os vouchers atribuídos aos clientes poderão ser “utilizados até 31 de março de 2021 num restaurante do concelho de Tarouca, que é um dos setores da região que mais preocupa a autarquia”.
“Daquilo que ainda hoje falava com alguns responsáveis de restaurantes, alguns não vão abrir no próximo fim de semana, porque apesar de Tarouca não estar na lista dos concelhos com medidas mais restritas, as pessoas acabam por não sair e não frequentar os restaurantes e cafés por causa dos aglomerados e, por isso, não compensa”.
Com esta iniciativa, José Damião Melo disse que a autarquia pretende “que seja um balão de oxigénio para a restauração, um dos setores que tem sido fortemente fustigado pelos efeitos colaterais da pandemia Covid-19″.
“Ao mesmo tempo, é também um incentivo às compras no comércio tradicional, motor essencial para o desenvolvimento da economia local que consegue oferecer medidas de segurança acrescidas às grandes superfícies e, nesse sentido, queremos que as pessoas voltem a olhar para o comércio local e evitem a deslocação aos grandes centros comerciais”.
José Damião Melo acrescentou que, para adquirirem os vouchers, basta os cidadãos deslocarem-se à Loja Interativa de Turismo de Tarouca e apresentarem os talões de compra.
O vice-presidente da Câmara de Tarouca contou ainda que o IMI não vai ser mexido, “mas o concelho já tem a taxa mais baixa em funcionamento, 0,3%, e as famílias com mais de duas pessoas no agregado familiar ainda têm uns descontos no IMI e isso vai manter-se”.
“Quanto ao IRS temos um constrangimento e nesse sentido não podemos devolver aos cidadãos qualquer percentagem, uma vez que em 2009, tendo em conta o grande endividamento da autarquia, assumimos o compromisso, por 15 anos, de concretizar o plano de saneamento financeiro e, enquanto não acabar este plano de recuperação, não temos enquadramento legal para baixar a nossa receita no IRS”.
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