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João Monney Paiva, presidente do Instituto Politécnico de Viseu

Politécnico de Viseu recetivo a projetos no início do ano letivo

O presidente do Instituto Politécnico de Viseu (IPV) disse que está recetivo a projetos que façam a diferença na área administrativa, docente e estudantil, para aplicar ao longo do ano letivo.

“Aproveitando a mudança de hábitos e a necessidade de reequacionar muita coisa, lançámos três iniciativas, as ‘calls’ como se diz em inglês, para designar as chamadas de projetos, em três áreas: uma dirigida aos estudantes, outra aos docentes e a terceira para a área administrativa”, precisou João Monney Paiva.

Mudanças que vieram com a pandemia de Covid-19 e que o Politécnico quer “aproveitar” para “melhorar e modernizar” o funcionamento do IPV nas três áreas afetas às candidaturas dos projetos. “Queremos que os estudantes participem na sensibilização, porque, pensamos nós, ninguém melhor do que os estudantes para sensibilizar os próprios estudantes para as necessidades de usar todos os protocolos e preocupações de forma racional, porque ninguém quer que fiquem em confinamento, mas que convivam com regras e mitigando as possibilidades de contágio”, defendeu.

Assim, o IPV “lançou uma chamada de projetos para financiamento para iniciativas que estudantes queiram fazer entre eles, em conjunto com outras associações de estudantes do país, ou com outras associações do resto da Europa, para o que for”, porque “há toda uma série de canais em aberto”.

“Uma segunda ‘call’ é para que os professores se mobilizem para que a modernização educativa tenha aqui uma oportunidade, nomeadamente no sentido de promover a aprendizagem ativa, que é aquele tipo de aprendizagem que valoriza a presença do professor”, disse.

João Monney Paiva deu como exemplo uma situação que o IPV “já defende há algum tempo”, ou seja, “há uma série de conteúdos que, da forma como são lecionados, as chamadas teóricas que têm 100 ou 300 pessoas, não têm interação nenhuma” e, nesse sentido, “esse tipo de conteúdo já está disponível noutros formatos”.

“Para valorizar as aulas de presença, as horas de contacto, as chamadas teórico-práticas, onde o estudante não só está com o professor, que é muito importante, como também está com outros colegas e que permite conversar, trocar impressões e tirar dúvidas”, defendeu.

A terceira área é dirigida à parte administrativa para “modernizar e agilizar os serviços, e promover alguma dinâmica para responder aos desafios da modernização administrativa, mas também de uma série de processos que tendem a tornar a administração mais capaz, de responder mais rapidamente a novos desafios, ser mais eficiente e sair de rotinas”.

“Esperemos que estas chamadas de projetos tenham bons resultados e que contribuam para que, aqui em Viseu, também haja um bom resultado e que acompanhe o pressuposto geral de que o país retome a sua atividade”, disse.

Os projetos “são para concretizar ao longo deste novo ano letivo e no futuro”, sendo que “a área dos estudantes é aquela onde será dada mais urgência, porque elas afetam diretamente o que vai ser o funcionamento, o dia-a-dia e o convívio”, assumiu o presidente.

O novo ano letivo começa, maioritariamente, em 28 de setembro, sendo que os cursos da Escola de Saúde já iniciaram em 07 de setembro, e, segundo adiantou, “esses alunos têm feito um trabalho de limpeza e higienização em todas as áreas do IPV, desde salas, refeitórios, residências de estudantes, tudo”.

“As aulas vão iniciar dentro das normas da Direção Geral da Saúde como tem de ser e, a par do que acontece nas restantes escolas do país, o ano está a ser organizado caso a caso e turma a turma, com as situações a serem vistas ao detalhe, e há um ‘kit’ com máscaras para cada um dos alunos”, disse.

A título de exemplo, João Monney Paiva falou nas turmas de 60 alunos do mesmo curso: “Uma das soluções passa por ter metade de uma turma numa sala e outra metade na sala ao lado e, numa semana, o professor está presencialmente numa das salas e na sala do lado a aula está a ser visualizada em ‘streaming’. E na semana seguinte acontece o inverso”.

Este ano letivo 20/21, o IPV conta com 5.700 a 6.000 alunos distribuídos pelas Escolas Superiores de Educação; de Tecnologia e Gestão de Viseu e de Lamego; Agrária e Escola Superior de Saúde.

 

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