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João Cotrim Figueiredo presidente da Iniciativa Liberal

Viseu: Iniciativa Liberal pede demissão do secretário de Estado da Juventude e do Desporto

A Iniciativa Liberal pediu hoje a demissão do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, por uma “sucessão de comportamentos não éticos”, exigindo uma investigação ao alegado favorecimento a um ex-sócio do governante.

Em comunicado, o deputado único e presidente da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, considerou que a “notícia do Secretário de Estado que colocou uma cunha para alegadamente favorecer um ex-sócio parece mais um caso clássico de primos e amigos deste Governo e deve por isso ser alvo de uma minuciosa investigação”.

Segundo os liberais, uma notícia de quarta-feira “dá conta que o mesmo secretário de Estado contratou um militante do PS, seu apoiante para motorista é um bom exemplo de tudo o que está mal na política portuguesa”.

“Este já não é nem o primeiro, nem segundo, nem terceiro caso de falta de ética, no mínimo, deste secretário de Estado e, por isso, a Iniciativa Liberal exige a sua demissão imediata”, refere.

Na perspetiva de João Cotrim Figueiredo, a “emergência não pode ser desculpa para a falta de transparência” e por isso é que o partido “defende que deve constar mais informação detalhada sobre os contratos no Base.gov, sobretudo numa altura em que o Ministério da Saúde anda a fazer ajustes diretos de milhões sem publicar os contratos”.

O Ministério da Saúde comprometeu-se na terça-feira a divulgar um relatório com os “procedimentos elaborados por ajuste direto” para combater a pandemia, com as respetivas razões que justificaram “a impossibilidade” de recorrer a “outro tipo de procedimento”.

Segundo a notícia da revista Sábado, citada no comunicado, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto e coordenador regional do Centro do Estado de Emergência, terá “metido uma cunha” a um laboratório privado, pertencente a um ex-sócio do governante para fazer testes à covid-19 nos lares de Viseu.

Ao Correio da Manhã, de acordo com a IL, o secretário de Estado afirmou “que nunca deu qualquer indicação”, depois de numa nota do Ministério da Educação afirmar ter referido o laboratório “sempre, pela importância da capacidade instalada que permitia dar uma resposta célere à operação”.

Na quarta-feira, prossegue o comunicado, “foi também noticiado pelo Observador que o Secretário de Estado contratou um apoiante e militante do PS para motorista durante pandemia”, um militante que “apoia o governante na corrida à distrital socialista e que em 2013 foi a tribunal por conduzir com álcool”.

“Esta não é a primeira vez que o Secretário de Estado do Desporto e da Juventude vê a legalidade e ética da sua atividade questionada, já que no passado acumulou durante 22 meses os cargos incompatíveis de governante e de gerente numa empresa”, acusa ainda a Iniciativa Liberal.

 

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