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Saída de Luís Duarte como comandante dos Bombeiros envolvida em polémica

A “guerra” nos Bombeiros Voluntários de Viseu está instalada desde que o Comandante Luís Duarte foi afastado das suas funções para ser substituído pelo segundo-comandante José Luís Teixeira. A nomeação surgiu duas semanas depois de Luís Duarte não ter sido reconduzido no cargo.

A decisão não agradou a vários bombeiros da corporação porque o Presidente da Associação, Carlos Costa, nunca chegou a explicar as razões desse afastamento. Dizer que era necessário dar uma “lufada de ar fresco” à instituição não chegou para entender decisão polémica.

Carlos Nascimento, Chefe no Quadro de Honra, é a cara do descontentamento vivido. Para ele e uma grande maioria dos bombeiros, garante, a forma como foi tratado revela uma grande injustiça.

Carlos Nascimento explica que em jogo está uma “cabala política” que envolveu o Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques.

A ajudar à situação está ainda outro caso relacionado com um restaurante.

Quanto à opinião do novo comandante, José Luís Teixeira, Carlos Nascimento diz que não há sequer termo de comparação.

Enaltece ainda Luís Duarte, agora sub-chefe, pela postura que demonstrou depois da sua não recondução.

A Rádio Alive Fm tentou contactar o Presidente dos Bombeiros Voluntários de Viseu Carlos Costa e o autarca Almeida Henriques para ouvir todas as partes envolvidas, mas até à hora e data de publicação deste artigo sem sucesso. Amanhã a tentativa será reposta.

Hoje, pelas 20h30, a Associação Humanitária vai realizar uma Assembleia Geral Ordinária com o intuito de “Discutir e votar o Plano de Ação e Orçamento da Direção da AHBV, para o ano de 2018” e tentar levar toda esta polémica a discussão.

Peça de Maria Sousa/AliveFm

À redacção chegou agora um texto extenso e anónimo intitulado “Bombeiros Voluntários de Viseu filhos de mãe incógnita” repleto de críticas, que aqui colocamos na íntegra:

«Bombeiros Voluntários de Viseu filhos de mãe incógnita

Os Bombeiros Voluntários de Viseu têm novo dono. Isso mesmo se ficou a saber numa reunião onde o senhor Presidente da Direção optou por chamar “filho da p_ _ _” a um dos mais respeitados e condecorados chefe dos Bombeiros. Um operacional a quem a República Portuguesa atribuiu condecoração e que foi vilipendiado pelo senhor Presidente da Direção que o apelidou de filho de mãe alheia, numa reunião destinada a consumar a substituição no comando e sem direito a perguntas. Um insulto que é extensível a todos os bombeiros, já que o Chefe em causa foi formador de uma grande maioria de bombeiros e feito numa reunião de companhia. Valha-nos São Marçal!

Nessa reunião da Direção com o Corpo Ativo, sem direito a perguntas e onde pontuou um senhor Sargento que não é bombeiro nem diretor, imperou a altivez, o quero, posso e mando e a ditadura monocromática que se vai apessoando da Associação Viseense de Bombeiros Voluntários, cuja humanidade a devemos ocultar porque não a pratica.

Dividiu-se o Corpo Ativo, quebrou-se uma operacionalidade exemplar e os graves problemas porque passa a instituição continuam por resolver. Após três reuniões as mais de duas dezenas de funcionários continuam cada um com seu contrato, para uns há subsidio de refeição, para outros não há horas extraordinárias e só esperamos pelo dia em que os sindicatos ou a ACT levarão os bombeiros ao tribunal e os condenarão a vultuosas indemnizações, como sucedeu no Seixal.

O prédio da rua José Branquinho por lá está como o mais evidente sinal de abandono; viaturas de combate a fogo urbano, numa cidade com esta densidade e com esta população, temos uma, velha e a cair de podre; autotanques de grande capacidade um e obsoleto; seguros que realmente protejam os bombeiros não existem e medicina do trabalho ausente porque se tivesse havido uma avaliação da robustez do novíssimo comandante provavelmente não seria indicado.

Consumou-se o golpe palaciano e o segundo-comandante sucede ao Comandante nas operações dos Bombeiros Voluntários de Viseu. Um golpe conduzido com mestria, sabemos nós com que intuitos, num processo onde a Direcção não cumpriu o que prometeu aos bombeiros: transparência e explicações. A Direcção existe para manter e sustentar o Corpo de Bombeiros que foi o que o comandante Casimiro, em 1886, e os seus homens projectaram e o que os viseenses desejam. E não vale a pena, como o fez o senhor vice-presidente à saída da reunião, dizer que ninguém os demite e que estão de pedra e cal. Que vá ver o que aconteceu em 1995. Foi há 22 anos e está nas actas dos órgãos sociais.

Mas não sustentam e não fazem. Pior ainda, insultam os bombeiros, com palavras feias e que deviam envergonhar o mais empedernido dos ruins e instigam a destruição de uma força única e imprescindível ao país, como o fez o senhor adjunto do Comando que não teve pejo em divulgar uma ordem de serviço, um documento interno, de uma outra corporação para mostrar o que aí vem. Uma longa noite de cristal, com longas facas que não poupa nem um condecorado dirigente de uma associação nacional de Bombeiros.

Esperamos nós, os bombeiros que insistem em manter a dignidade, que o concelho e a comunidade viseense acorde. Basta ver as inscrições para a Ceia de Natal dos Bombeiros. Porque se a cidade não acorda e as forças vivas não acodem aos Bombeiros Voluntários de Viseu vamos ter problemas. A começar na litigância, laboral e cível a que agora o douto do nosso Presidente da Direcção entendeu por bem juntar a criminal. Com um sonoro “filho da p _ _ _” ouvido, percebido, anotado e entendido por todos os presentes na reunião. E que, infelizmente, esta semana chegou à justiça. Se os directores não respeitam os Bombeiros, se não respeitam a farda, se não se coíbem de cuspir insultos públicos, quem os respeitará? O povo e os sócios a quem pedimos, abnegadamente, socorro.»

 

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