O presidente do PSD, Luís Montenegro, defende que “é fundamental ligar Coimbra a Viseu por autoestrada” e lamentou que o Governo socialista não tenha aproveitado a situação económica “muito favorável” dos últimos anos para o fazer.
Luís Montenegro esteve no edifício da Câmara Municipal de Mortágua, e fez questão de tirar uma fotografia junto de uma placa datada de 29 de março de 2008, com a inscrição: “o primeiro-ministro, engenheiro José Sócrates, procedeu, em Mortágua, ao lançamento da Concessão Autoestradas do Centro”.
“Passaram 14 anos e meio e não há autoestrada, não há solução, não há obra no terreno, continua a haver uma grande deficiência na qualidade de acessibilidade entre estas duas capitais de distrito”, criticou.
Segundo o líder social-democrata, a não existência de uma autoestrada reflete-se quer na atividade socioeconómica, quer “no definhamento ainda maior, do ponto de vista populacional, desta região”.
Montenegro lamentou que, “sobretudo nos últimos anos, a partir de 2015, com uma situação económica muito favorável”, o Governo do PS tenha optado pela “cativação de todo o investimento público com vista a poder ter contas públicas mais saudáveis” em termos de resultados, “mas à conta de um sacrifício enorme das populações”.
“Hoje é um dia em que pude comprovar, no setor da mobilidade e das acessibilidades, a incapacidade completa que o Governo tem denotado em cumprir todos os planos de investimento que sucessivamente vem apresentando”, afirmou.
Quando o PSD estiver no poder, a ligação em autoestrada entre Viseu e Coimbra é para avançar, garantiu.
“Com certeza que nós faremos um esforço grande para poder cumprir desígnios estratégicos como é o caso desta autoestrada que tem um interesse nacional estratégico muito relevante”, frisou.
No entanto, “para cumprir esses objetivos, temos de ter uma situação de normalidade, se voltarmos a ter uma situação financeiramente insustentável será difícil termos investimento público”, avisou.
Luís Montenegro iniciou em Viseu o programa “Sentir Portugal”, que o levará, ao longo dos próximos dois anos, a passar uma semana por mês em cada um dos distritos do país.
O périplo, que começou no distrito de Viseu, irá incluir deslocações à Madeira e aos Açores e também a algumas comunidades portuguesas na Europa e Fora da Europa, embora neste caso em moldes diferentes.
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