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Viseu: Escultura de Paulo Neves homenageia D. Ilídio Leandro.

Esta é a homenagem dos AMIGOS ao D. Ilídio Pinto Leandro.

Uma homenagem de AMIGOS para um AMIGO, sem vínculos a qualquer instituição, sem nomes e um só protagonista, o D. Ilídio. Os amigos sentiram-se convidados a participar, mais de oito dezenas confiaram e disseram Sim a esta amizade. Uma homenagem simples, para um homem simples, feita de coração pelos AMIGOS.

“Sentimo-nos privilegiados pela presença deste amigo nas nossas vidas, do qual tantas vezes ouvimos um caloroso caríssimo ou caríssima. Mesmo não estando presente fisicamente, ele contínua presente nas memórias, no coração de cada amigo, mas também em tudo o que com ele aprendemos e que se faz luz na nossa caminhada”.

“Escolhemos a colocação de uma escultura no local onde estão as raízes do D. Ilídio e que elegeu para a última morada”.

Destacada em relação à campa, junto ao muro do cemitério, com uma disposição que é expressiva da ação do D. Ilídio, sempre centrada nos outros e não em si, assim, também aqui a escultura não é privativa da sua campa e dos seus pais, mas sim pertença de todos, partilhada com os sepultados e com os vivos que visitam o cemitério. É, assim, uma explanação do seu lema de ordenação episcopal: “Convosco, por Cristo, para todos”, inscrito lateralmente.

A escultura, em mármore, foi elaborada pelo artista Paulo Neves, depois de lhe terem sido dados a conhecer elementos sobre a personalidade do D. Ilídio.

Iconograficamente representa-se um anjo, uma das representações mais frequentes nos cemitérios, que simboliza a ligação entre o Céu e a terra e encerra o sentido de amparo e guardião de todos, dos sepultados e dos vivos.

As suas asas protetoras, uma das quais se desenvolve em todo o perfil da peça, são de acolhimento e de intercessão por cada um.

São asas inacabadas, que permitem a cada um pensar com liberdade na sua continuidade, e esta presumida imperfeição é representativa da forma como o D. Ilídio encarava cada um de nós: não somos perfeitos, e ainda bem, porque isso torna-nos humanos e desafia-nos a procurarmos ser melhores.

Disposto de perfil, o anjo tem o rosto orientado para a esquerda do observador, voltado para o horizonte, descentralizando a sua proteção, que não se circunscreve ao espaço do cemitério, antes se prolonga pelo mundo.

Esta inclusão do horizonte nas formas da escultura é reforçada pela sua elevação acima do limite do muro. Um simbolismo consonante com a ação do D. Ilídio, com o seu legado, os seus sonhos de escutar e mudar o mundo.

As formas geométricas, contemporâneas, da escultura podem suscitar dúvidas e opiniões pouco consensuais, estando ausentes as formas a que a cultura artística nos habituou para esta tipologia de peças.

Também esta modernidade é concordante com a postura de abertura à inovação e à mudança que o D. Ilídio sempre protagonizou na arte e na Igreja. Era defensor de uma Igreja atualizada em relação à sociedade dos nossos tempos, capaz de dar respostas atuais a problemas atuais.

É uma obra que é fruto da reconhecida criatividade de um artista e não uma mera cópia, encerra em si mesma o belo que vem de Deus, é o resultado de um coração de artista aberto à sabedoria do Espírito Santo.

O projeto foi assumido por um grupo de amigos anónimo, tendo sido angariado um valor que permitiu a sua concretização e que ainda possibilita a entrega de um contributo a uma instituição social em nome do D. Ilídio, que em tempo útil será anunciada.

“Todos sabemos como o D. Ilídio Pinto Leandro gostava de reunir os amigos, como ele dizia “somos pessoas de laços, de relações, de convívio, é tão bom podermos estar juntos”, por isso, nesta homenagem celebramos esta amizade e união”.

Grupo de Amigos do D. Ilídio Pinto Leandro

 

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