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Unidade do doente com AVC no hospital de Viseu com “melhor espaço para o utente”

O Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) mudou a Unidade de AVC para o sexto piso, medida que permite aumentar o número de camas e a “melhoria na vigilância” aos doentes, anunciou a coordenadora do espaço.

“Inicialmente [em 2008] tínhamos quatro camas, agora foi duplicada para oito camas para doentes agudos e temos mais duas camas que também podem ser monitorizadas. E depois temos um total de 26 camas para os doentes que já não estão numa fase tão crítica”, contabilizou Ana Gomes.

“Esta requalificação e ampliação da unidade, para termos mais camas monitorizadas, vem melhorar a vigilância nos doentes e o cuidado ao AVC”, destacou a coordenadora, considerando a medida como “uma prendinha” para os doentes.

A unidade, que dependente do serviço de Medicina Interna, no último ano sentiu “um decréscimo no número de admissões que chegou aos 40%”, o que, para Ana Gomes, “é alarmante”, tendo em conta a média de “mil doentes por ano” que recorriam ao hospital antes da pandemia.

“As pessoas não vinham ao hospital com receio do contágio e porque também tinham receio que os profissionais de saúde não tivessem disponibilidade para tratar os doentes, por causa da pandemia”, justificou.

Um medo que, no entender da responsável, “terá tido as suas consequências” e que só no futuro se poderão conhecer, no entanto, Ana Gomes sublinhou, em declarações aos jornalistas, que “no aumento de mortalidade não covid, o AVC ocupa um lugar importante”.

Assim, Ana Gomes referiu que “nunca é demais lembrar” que “o reconhecimento de sinais de AVC é fundamental, porque o tratamento precoce é determinante” para a recuperação do doente e as possíveis sequelas.

“O diagnóstico é conhecido como os três efes: ‘F’ de fala, alteração na fala; ‘F’ de face, desvio da face; e ‘F’ de força, perda de força num membro”, destacou a médica.

Nestas circunstâncias, alertou, “não se deve esperar que passe, deve ligar-se de imediato o 112, porque o AVC é uma emergência, tem tratamento e se o AVC não for tratado podem surgir danos que podem ser irreparáveis e mesmo a morte”.

“É importante não esquecer que o AVC em Portugal é a principal causa de incapacidade e de mortalidade”, recordou Ana Gomes, realçando que “por cada três doentes com AVC há um que morre, um que fica com sequelas e um que recupera”, um paradigma que “é determinante mudar”.

O AVC “é prevenível”, ainda assim “tem vindo a aumentar devido à prevalência dos fatores de risco e ao envelhecimento da população, porque apesar de o AVC atingir todas as idades é mais prevalente nos idosos”, destacou.

“Mas cerca de 10% dos doentes AVC têm menos de 50 anos”, disse ainda Ana Gomes, apelando à “importância de controlar os fatores de risco, que são vários, mas têm à cabeça a hipertensão arterial, o inimigo público número um em Portugal”.

Outros fatores, acrescentou, são “a diabetes, a obesidade, a fibrilhação auricular que é uma arritmia muito prevalente e que muitas vezes passa despercebida e pode causar AVC, o colesterol elevado, o tabagismo e o excesso de consumo de álcool” são todos “como que culpados pelo AVC”.

 

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