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Castro Daire: Última Rota da Transumância com mais de 1500 cabeças de gado

Última Rota da Transumância vai ser recriada este fim de semana em Castro Daire, com três percursos diferentes, disse à agência Lusa o vereador da Cultura, Pedro Pontes.

“Vamos ter a concentração de rebanhos, com cerca de 1.500 cabeças de gado, na vila de Mões, de onde sairemos, pelas 10:00 de sábado, em caminhada rumo a Ribolhos. Durante o percurso haverá várias manifestações etnográficas com ranchos folclóricos locais”, explicitou.

O responsável pela Cultura, Desporto e Turismo da Câmara Municipal de Castro Daire, no distrito de Viseu, explicou que a ideia é chegar “pela hora de almoço a Ribolhos, onde os rebanhos e os pastores vão descansar e onde haverá um almoço convívio, acompanhado por um pequeno concerto pela Banda Filarmónica Flor do Rio”, de Moledo.

“Por volta das 15:00, os rebanhos regressam às Canadas, ou seja, à rota principal, rumo a Castro Daire, onde são esperados, por volta das 18:30, na Alameda do Jardim, em frente aos Bombeiros Voluntários, pela banda filarmónica dos bombeiros”, contou.

Depois desta receção, os rebanhos e os pastores “deslocam-se a um dos pontos mais característicos, mais emblemáticos, desta Rota da Transumância, que é a Feira das Vacas, onde vão pernoitar e onde já estão as cercas montadas para os acomodar”.

À noite “haverá um jantar, um convívio com a tradição pastoril, seguido de uma tertúlia dos pastores, uma conversa intergeracional, com a partilha de memórias e vivências não só do passado, mas também do presente e o que esperam para o futuro”, adiantou.

Pedro Pontes acrescentou que a noite fecha com “o grupo de música popular cultural Cordas do Paivô, para que, no domingo, 26 de junho, bem cedo, pelas 08:00, os rebanhos saiam da Feira das Vacas em direção à Serra do Montemuro onde se fechará a caminhada, na Cruz do Rossão”.

Este local da Serra do Montemuro, onde termina a terceira rota, sublinhou, “é o ícone desta grande caminhada e onde haverá um almoço convívio com música das concertinas da Beira Alta a animar o convívio”.

O vereador contabilizou, entre pastores, músicos, caminheiros, curiosos e participantes, cerca de 250 pessoas inscritas e avisou que “qualquer pessoa se pode inscrever, de forma isolada, numa uma das três rotas ou para participar nas três e nos almoços”.

Segundo Pedro Pontes, a primeira rota é Mões-Ribolhos, cerca de oito quilómetros; a segunda, entre Ribolhos e Castro Daire, “não chega a cinco quilómetros; e a terceira liga Castro Daire a Cruz de Rossão, que “ronda os nove quilómetros”. No total. As três rotas atingem “pouco mais de 20” quilómetros.

O programa da Última Rota da Transumância, acrescentou, fecha em 24 de agosto, com a descida simbólica dos rebanhos, desde a Cruz do Rossão até a Vilar, onde haverá animação com as bandas filarmónicas locais.

Durante este período de tempo, disse, os rebanhos irão permanecer na serra, poderão ser vistos de forma informal, o que acontece este fim de semana é uma recreação” da Rota da Transumância, assim como será em 24 de agosto.

“O pastoreio sempre fez parte da cultura e da identidade da população do concelho de Castro Daire. Por tempos imemoriais, os rebanhos do sopé da Serra da Estrela percorriam trilhos, caminhos e canadas para se deslocarem até à Serra do Montemuro à procura de novos pastos”, lembrou.

“Por essas rotas da transumância, concluiu, viajavam mais do que rebanhos e pastores, seguia também toda a cultura inerente a cada povo, vincando tradições e costumes passados de região em região”, que agora são recriadas pela Câmara Municipal de Castro Daire.

 

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