Os trabalhadores do Grupo Visabeira aprovaram o caderno reivindicativo no qual exigem a fixação do ordenado mínimo nos 850 euros, anunciou hoje o Sindicato das Indústrias Elétricas, exigências que a empresa assume não vislumbrar “qualquer utilidade na sua apreciação”.
“Entre as reivindicações dos trabalhadores destaca-se um aumento geral dos salários no valor de 90 euros para todos os trabalhadores, bem como a introdução de um salário mínimo na empresa no valor de 850 euros”, adianta um comunicado do Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI).
O mesmo documento revela que estas reivindicações fazem parte de um “caderno reivindicativo aprovado recentemente” pelos trabalhadores do grupo, que tem sede em Viseu, “tendo em vista a melhoria das suas condições de trabalho”.
“Os trabalhadores reivindicam ainda a criação de subsídios de risco e de penosidade com o objetivo de serem compensados pelo desgaste e pelos riscos a que estão sujeitos no desempenho das suas funções”, acrescenta o documento.
O SIESI considera estas “reivindicações justas e razoáveis”, explica o documento, “tendo em conta a boa situação financeira e económica da empresa” e dá como exemplo os lucros da empresa no primeiro semestre deste ano.
“Aumentaram 43,6%, que se somam aos mais de 100 milhões de euros de lucro obtidos em 2017 e 2018. Para estes resultados muito contribuiu o esforço, empenho e dedicação dos trabalhadores, sendo que há perspetivas de melhores resultados no decurso do corrente ano, bem como no próximo”, defende o SIESI.
A agência Lusa contactou o grupo Visabeira, que lamentou saber do caderno reivindicativo dos trabalhadores pela comunicação social, “uma vez que este não lhe foi facultado”, tendo reagido, por escrito, afirmando que a sociedade Visabeira Infra-estruturas, Lda “cumpre a legalidade em matéria de retribuição aos seus colaboradores, pelo que, não vislumbra qualquer utilidade na sua apreciação”.
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