O Teatro Viriato, de Viseu, inicia no próximo domingo, dia 17, a programação deste ano, com a celebração do “1 000 058.º Aniversário da Arte”, num palco digital, que juntará as escolhas de vários parceiros.
“Neste primeiro trimestre, abrimos o ano com a celebração do ‘1 000 058.º Aniversário da Arte’ e, a partir daí, brindaremos sempre ao encontro pela arte e pela palavra”, explica a diretora artística do Teatro Viriato, Patrícia Portela.
O objetivo é tentar “sempre manter a porta aberta, assim como todos os restantes canais de comunicação disponíveis, acaso a porta física do edifício tiver de voltar a fechar”, devido à pandemia de covid-19, acrescenta.
Estarão juntas, nesta celebração, escolhas de parceiros como o Cine Clube de Viseu, a Companhia Paulo Ribeiro, o Museu Nacional Grão Vasco, a Sérgio Hydalgo/Galeria Zé dos Bois, o Carmo’81, os Jardins Efémeros, o Museu do Côa e os artistas associados e residentes.
Segundo Patrícia Portela, estes parceiros são “referências incontornáveis de resistência e inovação artística e cultural no país”.
Cada um dos parceiros lançou o convite a um músico, a um ‘performer’, a um coreógrafo ou a um artista para que subisse ao palco digital do Teatro Viriato.
O Teatro Viriato escolheu o artista Ernesto de Sousa (que celebraria o seu centenário a 18 de abril de 2021) como padrinho artístico para este ano e, “como musa e mensageira da sua obra”, Isabel Soares Alves, presidente do Centro de Estudos Multidisciplinares Ernesto de Sousa (CEMES).
“Do Fluxus (corrente artística) ao Vale do Côa, do futuro aos seus primórdios, é a arte em toda a sua potência, mutante e transformadora, que queremos celebrar o ano inteiro, certos de que, quando uma árvore (ou uma pedra) se tornam arte e caem no meio de um vale ou de uma floresta, haverá sempre um artista para a ouvir e fazer ecoar”, refere Patrícia Portela.
O programa especial de celebração do nascimento da arte poderá ser assistido no SubPalco (palco digital do Teatro Viriato no Youtube).
O Teatro Viriato explica que, “segundo o artista francês Robert Filliou, seguidor da corrente artística Fluxus, há um milhão e cinquenta e oito anos, precisamente a 17 de janeiro, alguém deixou cair uma esponja seca numa tina com água e a arte nasceu”.
“Desde 1963, artistas, um pouco por todo o mundo, celebram este dia com arte-postal, festas, (re)encontros, exposições, ‘happenings’, concertos, conversas e intervenções artísticas”, acrescenta.
A 17 de janeiro de 1974, o artista pluridisciplinar Ernesto de Sousa (1921-1988) organizou o “1 000 011.º Aniversário da Arte”, no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra.
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