O presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Marco Almeida, defende que município deve ser incluído na denominação geográfica dos tapetes de Arraiolos.
O autarca vem esclarecer a posição, na sequência da presidente da Câmara de Arraiolos ter contestado o parecer do Instituto do Emprego e Formação Profissional, que através de um parecer, propõe a inclusão de Mangualde e Vila Nova de Gaia na denominação geográfica da confeção dos tapetes de Arraiolos, no âmbito do processo de certificação.
“O tradicional e prestigiado tapete de Arraiolos, um símbolo maior do artesanato português e do saber-fazer alentejano, há muito que é praticado em Mangualde, com rigor técnico, fiel às técnicas tradicionais e com um profundo respeito pela arte original, preservada pelos nossos artesãos e artesãs, que se preocupam em manter viva esta expressão cultural”, afirma Marco Almeida.
O autarca considera que a proposta do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) não visa desvalorizar a origem histórica desta arte, mas sim reconhecer a sua continuidade e autenticidade noutros territórios.
“O país só tem a ganhar quando valoriza a diversidade artesanal, quando reconhece que o património imaterial é preservado, não apenas onde nasceu, mas também onde permanece vivo”, adianta.
Para o presidente da Câmara Municipal de Mangualde, “o objetivo não é apagar a origem que é, sem dúvida, Arraiolos , mas alargar o reconhecimento àqueles que, com respeito pela tradição, mantêm viva esta arte e a levam mais longe”, reforça.
Marco Almeida conclui que o bordado de Mangualde não compete com o de Arraiolos. “Complementa-o, fortalece-o e assegura a continuidade de uma das mais belas expressões do artesanato português”, afirma, acrescentando que excluir o município deste processo “seria negar a natureza viva da cultura, que não é estática, mas está em constante evolução”.
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