O cabeça de lista do PSD às europeias passeou pelas ruas de Viseu, com uma comitiva barulhenta, mas com escassos contactos com a população, porque eram poucas as pessoas no centro da cidade.
Depois de uma jornada como a que tivemos em Sernancelhe, com mais de 600 pessoas, naturalmente que esta arruada sabe um bocadinho a pouco, está frio e as pessoas não saíram muito”, admitiu Paulo Rangel no final, em declarações aos jornalistas.
Ainda assim, o eurodeputado realçou “a comitiva muito entusiasmada e dinâmica” que o acompanhou, composta maioritariamente por membros da Juventude Social-Democrata.
“Acabou por marcar a presença bem marcada em Viseu”, considerou.
O contacto de Rangel com a população de Viseu, que durou cerca de 40 minutos, começou na Câmara Municipal e foi sempre acompanhado pelo presidente da autarquia, Almeida Henriques.
Ausente do passeio esteve Fernando Ruas, antigo autarca e que foi número dois de Rangel nas anteriores europeias, tendo ficado desta vez fora das listas ao Parlamento Europeu.
Além de Almeida Henriques, Paulo Rangel esteve acompanhado do líder da distrital de Viseu, Pedro Alves, e dos candidatos Lídia Pereira e Álvaro Amaro, presenças quase constantes nesta campanha.
À falta de pessoas nas ruas do centro de Viseu, um distrito tradicionalmente social-democrata, o cabeça de lista do PSD foi entrando no comércio local e distribuiu em farmácias, sapatarias, floristas, camisarias e cafés os seus brindes de campanha: os postais e as sempre desejadas canetas.
“Estamos na nossa campanha para as europeias, temos que dar mais força a Portugal a 26 de maio”, ia repetindo, em tom didático.
Bem recebido pela maioria dos poucos viseenses que passeavam no centro àquela hora, o candidato até encontrou uma senhora do Porto com uma grande amiga de apelido Rangel, mas depois de alguns minutos de conversa concluíram que esta era do Porto e o cabeça de lista de Gaia.
“Boa sorte”, “gosto de o ouvir na televisão” foram algumas das frases que o candidato ia ouvindo na rua, enquanto a JSD procurava animar a ação de campanha.
Pela primeira vez na campanha apareceu um pequeno bombo, que a própria líder da ‘jota’, Margarida Balseiro Lopes, também tocou.
“Passa-se qualquer coisa lá fora”, comentou o candidato quando ouviu os primeiros rufos, dentro de uma loja.
Pelo caminho, Rangel ainda comeu um Viriato, o bolo típico de Viseu.
“Faltam dez dias para a vitória”, “ninguém para a onda laranja” foram alguns dos cânticos dos jovens que acompanham Rangel, mas o ‘hit’ da campanha social-democrata é a música ‘estreada’ na feira de Espinho: “E ninguém para esta choradeira/chora o Marques/chora o Costa/ e a família inteira”.
No final, a JSD ainda ensaiou um “e salta Rangel e salta Rangel” e o candidato até saltitou, mas apenas por breves segundos.
Lusa
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