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PSD de Santa Comba Dão lamenta que intervenção no IP3 abranja 16% do trajeto no concelho

O PSD de Santa Comba Dão considerou que qualquer intervenção que melhore o IP3 “só peca por tardia”, mas lamentou que o concurso lançado segunda-feira abranja 16% do total do trajeto neste concelho do distrito de Viseu.

Na segunda-feira, o Ministério das Infraestruturas anunciou que foi lançado o concurso público para a empreitada do troço Santa Comba Dão – Viseu do Itinerário Principal (IP) 3, um investimento de 130 milhões de euros.

Apesar de considerar que “qualquer intervenção no IP3 que melhore os índices de mobilidade e segurança só peca por tardia”, a Comissão Política de Secção do PSD de Santa Comba Dão exortou a Infraestruturas de Portugal a alterar a designação da empreitada para nó de Treixedo – Viseu, “por uma questão de transparência e verdade”.

“O IP3 cruza o nosso concelho numa extensão total de cerca de 16,7 quilómetros, entre o Chamadouro e Treixedo. Com o concurso agora lançado, a intervenção apenas vai incidir em cerca de 2,7 quilómetros, a partir do nó de Treixedo até ao limite da fronteira com o concelho de Tondela, ou seja, cerca de 16% do total do trajeto no nosso concelho”, explicou.

Para a estrutura partidária, “anunciar o concurso Santa Comba Dão – Viseu é manifestamente um embuste”, uma vez que a maior parte do percurso no concelho de Santa Comba Dão “não ficará, nesta fase, intervencionada, ao contrário dos concelhos de Tondela e Viseu”.

“Não entendemos, nem aceitamos, que o troço que mais constrangimento tem todo o trajeto do IP3, nomeadamente, a descida do Rojão e a ponte sobre o Dão, não seja contemplada como prioritária nesta intervenção”, frisou.

Segundo o PSD, “a ponte sobre o Dão, para além da circulação diária dos milhares de utilizadores do IP3, é também o acesso local entre as duas margens do concelho, o que eleva a pressão e perigosidade na sua utilização”.

“Com esta decisão, fica mais uma vez claro que o Governo do Partido Socialista esquece Santa Comba Dão e os santacombadenses ao não assumir como prioritários de intervenção estes pontos do IP3 no nosso concelho”, considerou.

A estrutura partidária acrescentou que também fica claro que a liderança socialista da Câmara de Santa Comba Dão, “a sua estrutura política local e distrital não têm qualquer peso nas decisões do governo central”.

O Ministério das Infraestruturas avançou, na segunda-feira, que esta será “a primeira de três intervenções no IP3, prevendo-se que o investimento total ronde os 300 milhões de euros”.

“Santa Comba Dão-Viseu é o troço que tem o maior registo de sinistralidade, pelo que esta obra representa um importante passo na melhoria da segurança rodoviária para os milhares de automobilistas que a cruzam diariamente”, justificou o ministério.

No que respeita aos troços entre Souselas e Penacova e entre Penacova e Santa Comba Dão, o ministério avançou que se encontram “em fase de projeto e de avaliação de impactes ambientais, sendo expectável que o lançamento do próximo troço ocorra no primeiro semestre de 2024”.

Lusa

 

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