Francisco Lopes, que encabeçou a coligação PSD/CDS-PP que venceu as eleições para Câmara de Lamego e destronou o PS, admitiu que “o objetivo foi cumprido”, mas disse que esperava “uma vitória mais expressiva”.
O grande objetivo de Francisco Lopes era regressar à cadeira da presidência, que foi sua durante três mandatos (entre 2005 e 2017), uma vez que Lamego precisa “de uma grande mudança”.
“Há um clima de desinformação na cidade relativamente a um conjunto de situações que tem de ser rapidamente corrigido. A política tem de ser feita com verdade, com ética, não adianta tentar enganar as pessoas”, disse, à agência Lusa.
Francisco Lopes prometeu “tentar unir os lamecenses em torno dos grandes problemas que a cidade e o concelho têm” e das soluções que a coligação PSD/CDS-PP apresentou para os resolver.
“Vamos tocar a rebate, chamar toda a gente para um projeto que reponha Lamego num caminho de progresso, porque neste momento está num caminho de perda a todo o nível”, considerou, aludindo à falta de população, de emprego e criação de riqueza e de liderança regional.
Assim que assumir o poder, irá trabalhar para parar essas perdas e “retomar o processo de recuperação”, que considera ter conseguido concretizar nos seus três mandatos anteriores.
No que respeita aos resultados obtidos no domingo, Francisco Lopes disse que contava ter “uma diferença entre 10 a 15%” do PS e melhores resultados em algumas freguesias, que disse ter perdido “de forma inexplicável”.
A freguesia da cidade (Almacave e Sé), a de Cambres e a de Valdigem foram alguns dos exemplos que deu.
Com 45,28% dos votos e quatro mandatos, a coligação PSD/CDS-PP conseguiu eleger Francisco Lopes para presidente da Câmara, cargo que era ocupado por Ângelo Moura, candidato a um segundo mandato pelo PS, que recolheu 43,99% dos votos e alcançou três mandatos.
A Lusa tentou obter, mas em vão, um comentário de Ângelo Moura aos resultados das eleições autárquicas.
Também concorreram à Câmara de Lamego Maria Vale, do Chega, que foi a terceira força política mais votada, com 4,10% dos votos, e José Pessoa, da CDU, que obteve 2,52% dos votos.
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