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PRR: Assembleia Municipal de Viseu quer ligação ferroviária à cidade

A Assembleia Municipal de Viseu aprovou hoje por unanimidade uma moção que exige ao Governo as “diligências necessárias” para a integração no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de uma ligação ferroviária a Viseu.

A ligação da ferrovia a Viseu, para além de um anseio da região, trata-se de um investimento estruturante e prioritário identificado desde 2014 no PETI3+ [Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas 2014-2020]. Esta ligação reveste-se de maior importância por Viseu ser a cidade a única cidade da Europa, com esta dimensão, sem qualquer ligação ferroviária”, sustenta o deputado social-democrata.

Pedro Alves defendeu ainda no documento apresentado à Assembleia Municipal que se trata, “igualmente, de uma ligação ferroviária reiteradamente assumida, como prioridade, pelo atual e anterior ministro das Infraestruturas e está inserida no plano ferroviário nacional, onde se assume a ligação de comboio a todas as capitais de distrito”.

Assim, a Assembleia Municipal de Viseu, de acordo com a deliberação na sua reunião de hoje, quer que “o Governo promova as diligências necessárias para integrar a ligação de Viseu à linha da Beira Alta, no âmbito do PRR, uma vez que se enquadra no âmbito da mobilidade sustentável”.

A moção vai, entretanto, ser enviada para o primeiro-ministro, para os ministros de Estado, da Economia e da Transição Digital e das Infraestruturas e Habitação e aos “grupos parlamentares e deputados únicos, com lugar na Assembleia da República”.

A moção apresentada por Pedro Alves, que também é presidente da distrital do PSD de Viseu, aponta “exemplos de resiliência do interior do país” ao destacar obras esperadas na região e que não constam no PRR.

“O Centro Oncológico de Viseu. Há alguma razão que justifique a sua ausência que não a falta de vontade política? Por que razão não está prevista a nova unidade de internamento para o serviço de psiquiatria no campus do Hospital S. Teotónio?”, pergunta o documento.

A moção questiona ainda se “alguém consegue explicar a escolha pela ligação ao IP3 dos concelhos a sul (distrito de Coimbra) e não a conclusão do IC12”, que liga Canas de Senhorim, em Nelas, a Santa Comba Dão, assim como questiona o motivo pelo qual a “duplicação do IP3 [Coimbra-Viseu] também não consta das prioridades” do PRR.

“O Plano de Recuperação e Resiliência e o próximo quadro comunitário seriam ferramentas essenciais que o Governo poderia aproveitar, mas que não quer. (…) Um plano que queria levar a Bruxelas às escondidas dos portugueses e que apenas tem algumas semelhanças com a proposta de Costa e Silva”, acusa.

 

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