O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, desvalorizou a desfiliação do antigo deputado e líder da distrital de Viseu, Francisco Mendes da Silva, a quem desejou “boa sorte”, e salientou que por cada saída “entram dois novos militantes do partido”.
Numa conferência de imprensa, o líder centrista foi questionado sobre a desfiliação de Francisco Mendes da Silva, anunciada na sexta-feira, por entender que deixou “de ser útil” ao partido, que “deixou de querer ser um instrumento relevante e autónomo” dos princípios que defende.
“Desde que eu fui eleito presidente do CDS, por cada militante que se desfilia, entram dois novos militantes do partido”, afirmou o presidente centrista, apontando que “se filiaram mais militantes no ano 2020 do que em 2019, e que saíram mais militantes em 2019 do que saíram em 2020”.
Francisco Rodrigues dos Santos disse estar também “motivado com aqueles que estão no CDS pelo seu caráter autêntico e pela vontade de fazer mais e melhor e fazer crescer este partido, para continuar esta missão”.
“A militância do CDS tem crescido e eu nesta altura desejo boa sorte àqueles que escolhem outros caminhos, e àqueles que ficam que contam comigo e eu conto com eles para fazer crescer o CDS e o afirmar já nas próximas eleições autárquicas, elegendo mais autarcas do que do que aqueles que tivemos em 2017”, acrescentou.
O antigo deputado e líder da distrital de Viseu anunciou na sexta-feira que renunciou ao mandato de membro da Assembleia Municipal de Viseu e que pediu a sua desfiliação do CDS-PP.
Num texto publicado na rede social Facebook, Francisco Mendes da Silva disse que não sai do partido “desiludido nem em conflito pessoal com quem quer que seja”, mas por “falta de predisposição para o envolvimento partidário ativo” e “por progressiva convicção de que o CDS deixou de querer ser um instrumento relevante e autónomo, dinâmico e moderno – e o mais representativo possível – dos princípios políticos” que defende.
“Não saio por ter deixado de acreditar no que há muito acredito; saio porque, acreditando no que acredito, sinto que deixei de ser útil no – e ao – CDS”, argumentou o advogado, militante democrata-cristão desde 1995.
Apesar de afirmar que “foi uma decisão difícil”, o antigo deputado referiu igualmente que se tratou se “uma decisão natural”, que “resulta de uma reflexão” sobre as suas “posições políticas” e a evolução da sua “relação com o partido e com as obrigações da vida partidária em geral”.
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