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Almeida Henriques presidente CM Viseu

Presidente da Câmara de Viseu quer primeiro-ministro a resolver impasse do centro oncológico

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, vai pedir ao primeiro-ministro, António Costa, que assuma a resolução do impasse da construção do centro oncológico e que o próximo Conselho de Ministros descentralizado se realize naquela cidade.

Ao intervir na reunião da Assembleia Municipal, Almeida Henriques mostrou-se desiludido com a ministra da Saúde e com as suas últimas declarações, uma vez que não se comprometeu a criar o centro oncológico no Hospital de São Teotónio, que integra o Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV).

“Foi de uma grande frontalidade, mas trouxe uma enorme desilusão. Assumiu que, para já, só está a tratar do projeto da radio-oncologia, em articulação com o IPO de Coimbra”, numa reunião com os autarcas da região, lamentou.

Grande parte da reunião foi passada a discutir uma moção apresentada pelo deputado Pedro Alves (PSD), que repudiava as palavras da ministra, por considerar que significam “um retrocesso na melhoria do acesso aos cuidados de saúde da região, um desinvestimento na qualidade e diferenciação clínica” do CHTV e “um desrespeito pelos seus profissionais”.

Para que a moção pudesse ser aprovada por unanimidade, a palavra repúdio foi substituída por rejeição.

O presidente da Assembleia Municipal, Mota Faria (PSD), defendeu que devia ser publicitada uma carta que foi enviada à ministra em janeiro, à qual ainda não obteve resposta, que fosse ouvido o conselho de administração do CHTV e que depois os grupos municipais se reunissem.

“Sejamos mais ambiciosos. Não podemos perder esta batalha”, frisou Almeida Henriques durante a discussão, considerando que a Assembleia Municipal devia era “solicitar uma audiência ao primeiro-ministro para tratar do assunto” e pedir-lhe que “pondere a possibilidade de fazer o próximo Conselho de Ministros descentralizado em Viseu”, sendo o centro oncológico um dos temas a tratar.

O autarca disse estar preocupado com o futuro do Hospital de São Teotónio em “várias dimensões” e defendeu ser necessária uma luta suprapartidária por aquela que considera ser “uma das maiores âncoras” da região.

“Isto é uma causa de todos. Os viseenses não nos perdoarão se neste momento não defendermos o futuro do nosso hospital central de Viseu”, considerou.

O autarca social-democrata questionou se “não haverá uma intenção de subalternizar o hospital de Viseu, mais uma vez, a Coimbra”, lembrando que os “partos” neste hospital “foram todos muito difíceis”, desde a construção das novas instalações, passando pelo seu equipamento e qualificação dos profissionais de saúde, até à sua classificação como hospital central.

 

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