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Presidente da Câmara de Viseu “muito preocupado” com doentes oncológicos

O presidente da Câmara Municipal de Viseu exigiu, na Assembleia Municipal, que se faça mais investimento no Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) e mostrou-se “muito preocupado” com os doentes oncológicos que têm de viajar para Coimbra.

Estou muito preocupado com os doentes de oncologia. Ainda há poucos dias, numa conversa com responsáveis, verificava o défice de médicos que existe, neste momento, na área da oncologia”, disse Almeida Henriques.

E acrescentou: “Não estaremos, outra vez, daqui a uns dias, a correr para Lisboa a dizer à senhora ministra que não permito, nem admito, que os nossos doentes oncológicos tenham de ir para Coimbra para serem tratados”.

Almeida Henriques falava na sessão ordinária da Assembleia Municipal de Viseu, após a intervenção da deputada social-democrata Sofia Mesquita ter felicitado “o avanço para as obras nas urgências com a saída do visto do Tribunal de Contas”, anunciado na sexta-feira.

Na sua intervenção, a deputada municipal questionou sobre “as medidas que estão a ser tomadas, nomeadamente sobre o centro de oncológico”, uma vez que, “do centro, a única coisa que existe são promessas de projetos de qualquer coisa que vai acontecer e uma placa a identificar o local”.

Sofia Mesquita também considerou “incompreensível que o hospital de Viseu não tenha um laboratório de biologia molecular e que continue a depender de terceiros para o resultado de exames com o atraso na resposta que disso advém, não permitindo o diagnóstico célere que se exige”.

Em resposta, Almeida Henriques (PSD) defendeu que “o hospital é demasiado importante para a estratégia de desenvolvimento de todo este território” e, por isso, considerou que não se pode “permitir que ele seja desvalorizado”.

“Estas coisas têm de ser tratadas. Não nos esqueçamos também que, se calhar, há aqui uma força que puxa para Coimbra e que quer desvalorizar o nosso hospital central e isto tem de ser dito com todas as letras”, apontou.

“Não sei se hoje temos, por exemplo, na direção da ARS Centro um aliado em relação ao nosso hospital, ou se temos alguém que está a procurar desvalorizar o hospital para que alguns serviços sejam prestados em Coimbra”.

Neste sentido, mostrou-se ainda “muito preocupado com o número de camas dos cuidados intensivos que, neste momento, estão disponíveis” no CHTV e contou que “ainda há dias teve de se deslocar um doente para Coimbra e isto é lamentável” que aconteça.

“Não podemos permitir isto. Este é o maior hospital do interior do país, é um hospital central. Temos de estar muito atentos e unidos. Esta é uma luta de todos. Não podemos perder o que já temos. Temos hoje um hospital central de grande valia e tem de continuar a investir-se, seja no centro oncológico, na questão das análises”, exigiu.

Neste sentido, disse que não está “a apontar o dedo a ninguém” e desejou que o novo conselho de administração, que tomou posse em julho, “consiga atingir objetivos que o anterior não conseguiu e que se consiga efetivamente manter a importância do hospital de São Teotónio.

Almeida Henriques fez questão ainda de “elogiar todos os profissionais do Hospital de São Teotónio que fazem um enorme esforço, face às debilidades que a casa tem” e, considerou que “se fazem milagres todos os dias naquela casa”.

 

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