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Português de Vouzela referido nos Panama Papers por envolvimento no Lava-Jato

 

Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira é o único português referido nos Panama Papers pelo alegado envolvimento no caso Lava-Jato.

Os 11,5 milhões de documentos revelados este domingo pelo Süddeutsche Zeitung e o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação afirmam que o português está envolvido no escândalo.

Os documentos revelam que o empresário de Vouzela era dono de um conglomerado chamado Lusitânia Group, composto por 14 empresas com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, entre 2003 e 2011.

Os Panama Papers divulgaram ainda que as empresas do português estavam relacionadas com a exploração de petróleo, gás natural e minérios. Em 2011 terá vendido à Petrobras metade dos direitos de exploração num campo de petróleo no Benim.

Foram as movimentações de capitais na nova parceria com a petrolífera brasileira no Oeste africano levantaram suspeitas, revelou o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.

O procurador-geral brasileiro referiu num relatório, em maio de 2011, que o empresário transferiu 10 milhões de dólares (que equivale a cerca de 8,8 milhões de euros) para uma conta na Suíça com a supervisão de João Augusto Rezende Henriques, associado ao PMDB, o maior partido do Brasil.

Rezende Henriques transferiu 1,5 milhões de dólares para uma outra conta bancária, também na Suíça, mas em declarações à Polícia Federal brasileira, disse que “a conta indicada para o pagamento pertencia a Eduardo Cunha”. Cunha, presidente da Câmara dos Deputados no Brasil, é um dos políticos visados na megaoperação Lava-Jato, que investiga a corrupção na Petrobras.

Os documentos foram averiguados pelo portal UOL, o jornal O Estado de São Paulo e a Rede TV, que identificaram pelo menos 107 empresas offshore ligadas a pessoas citadas na operação Lava-Jato.

O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação tentou obter uma reacção do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que está diretamente citado nos documentos, no entanto só conseguiu resposta da assessoria de imprensa, que, em comunicado informou que o deputado nega as acusações e “desafia qualquer um a provar que ele está ligado a qualquer offshore”.

Porto Canal

 

 

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