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Politécnico de Viseu promove Mini-Olimpíadas de Ciência pela primeira vez em Portugal

Três dezenas de professores de agrupamentos de escolas e colégios do concelho de Viseu estão a participar num projeto-piloto que visa realizar, pela primeira vez em Portugal, as Mini-Olimpíadas Experimentais de Ciência.

Desenvolvido pela Escola Superior de Educação (ESEV) do Instituto Politécnico de Viseu, o projeto quer desafiar alunos do primeiro ciclo do ensino básico “a realizar não só provas teóricas, mas também provas práticas de cariz experimental que potenciam o desenvolvimento de competências operacionais”, avançou à agência Lusa a sua coordenadora, Paula Carvalho.

A também responsável pelo Departamento de Ciências Exatas e Naturais da ESEV contou que “há já muito tempo que existem, em países como Singapura, Índia, Estados Unidos da América e Inglaterra, competições de Ciência para crianças”.

Em Portugal, foram recentemente implementadas “duas competições para alunos do primeiro ciclo do ensino básico, as Mini-Olimpíadas de Matemática e as Competições de Ciência”, que são organizadas pela Sociedade Portuguesa da Matemática e pela Universidade de Aveiro, respetivamente.

É neste contexto que, no âmbito da disciplina de Estudo do Meio do primeiro ciclo do ensino básico, surgem as primeiras Mini-Olimpíadas Experimentais de Ciência, que estão agendadas para junho, com a realização de provas teóricas e práticas pelos alunos participantes.

Paula Carvalho disse que, inicialmente, foram auscultados cerca de 200 professores do primeiro ciclo do distrito de Viseu.

“Neste momento, estão envolvidos 30 professores de agrupamentos de escolas e colégios do concelho de Viseu, a participar no curso de formação contínua ‘Recursos científicos e didáticos para a Educação em Ciências no primeiro ciclo do ensino básico’, acreditado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua”, explicou.

Posteriormente, estes professores irão designar os alunos que vão integrar o projeto.

Segundo a docente, “o estudo piloto desenvolve-se nos agrupamentos de escolas e colégios do concelho de Viseu”, mas o objetivo é dar-lhe um âmbito nacional.

“Pretende-se, seguidamente, alargar aos agrupamentos de escolas do distrito de Viseu e, posteriormente, convidar as escolas superiores de educação do país a dinamizarem as olimpíadas nos restantes distritos, implementando-as à escala nacional, com a parceria das sociedades científicas portuguesas”, avançou.

Paula Carvalho referiu que, no primeiro ciclo, as áreas científicas estão integradas na disciplina de Estudo do Meio, “sem referência a áreas específicas”.

“A esmagadora maioria dos professores do primeiro ciclo, quanto interrogados sobre o nível de interesse demonstrado pelos alunos relativamente aos conteúdos de ciências no âmbito do Estudo do Meio, declarou que eles revelam interesse muito elevado. No que concerne às atividades experimentais, os professores afirmaram que são fundamentais para a aprendizagem dos alunos”, afirmou.

Entre os objetivos deste projeto estão promover a literacia científica e estimular novas aprendizagens dos alunos, bem como desenvolver novas metodologias de trabalho em contexto escolar.

Já os professores poderão “participar na formação científica contínua com partilha de conhecimentos, identificar problemas na educação em Ciências” e também “promover novas metodologias de trabalho em contexto escolar”.

Paula Carvalho explicou que “os módulos de curso de formação resultaram da análise das respostas ao questionário previamente aplicado aos docentes envolvidos no projeto, que apontaram para a necessidade de formação contínua em atividades práticas investigativas e nas áreas científicas de Física/Química, Biologia/Geologia e Astronomia”.

As sessões do curso de formação incidem nas temáticas de Educação Ambiental, Astronomia, Terra/Água/Ar, Eletrostática e Eletromagnetismo e Corpo Humano.

Desde início, o projeto da ESEV foi desenhado em cooperação com a Sociedade Portuguesa de Física, a Sociedade Portuguesa de Química, a Sociedade Geológica de Portugal, a Ordem dos Biólogos, a Agência Ciência Viva, a Association of Polar Early Career Scientists e a International Association for Geoethics.

Os membros da equipa de investigação do projeto estão associados ao Centro de Estudos em Educação e Inovação do Instituto Politécnico de Viseu e ao Centro de Física da Universidade de Coimbra.

 

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