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Penalva do Castelo: Mosteiro do Santo Sepulcro reclassificado como monumento nacional

O Mosteiro do Santo Sepulcro, em Penalva do Castelo, foi reclassificado como monumento nacional e está a ser requalificado em 650 mil euros, anunciou o município.

“Começou por ter interesse concelhio, agora foi reclassificado como monumento nacional e a projeção é internacional”, adiantou o presidente da Câmara Municipal de Penalva do Castelo, Francisco Carvalho.

O autarca realçou à Alive Fm que, o Mosteiro do Santo Sepulcro, na freguesia de Trancozelos, que era propriedade do grupo empresarial Tavfer, está agora cedido à autarquia de Penalva do Castelo através de comodato por 20 anos.

RM

As obras de recuperação do Mosteiro estão orçadas em 650 mil euros, realçou o autarca.

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Com as obras a decorrerem “desde outubro e com o objetivo de terminarem em setembro”, Francisco Carvalho adiantou que “a maior parte dos edifícios ficará sem cobertura, tal como estão atualmente, para nada ser alterado”.

O Mosteiro do Santo Sepulcro foi o primeiro monumento edificado pela Ordem do Santo Sepulcro em território português, mas o espaço está em avançado estado de degradação, no qual inclui uma igreja e vários compartimentos, desde o espaço para os animais até aos locais de descanso. Mosteiro que a Câmara de Penalva do Castelo quer agora candidatar aos fundos do Quadro Comunitário Portugal 2020.

Mosteiro do Santo Sepulcro.

Fundado no séc. XII na sequência de uma doação de D. Teresa aos Cónegos Regrantes do Santo Sepulcro, irá surgir pouco depois ligado ao Mosteiro de Águas Santas, Maia, onde tinham uma importante comunidade religiosa.

O Mosteiro desde cedo que deve ter deixado de ter funções religiosas e sido arrendado a terceiros, sendo as instalações monacais ocupadas para habitação de caseiros. A capela conserva ainda os seus traços originais, estando totalmente devoluta no interior. Na ombreira da porta conserva a marca dos seus antigos possuidores: uma cruz patriarcal, usada pelos Cónegos, e a flor de Liz, usada pela Casa da Ínsua, cujo senhor comprou a quinta após a extinção das Ordens Religiosas, no séc. XVIII. No seu interior havia uma lápide sepulcral que desapareceu.

O conjunto desenvolve-se em redor de um pátio, estando a capela logo à entrada do lado direito. Pegada a esta estavam as cortes dos animais, em frente, com um típico balcão beirão, as casas dos caseiros com suas lojas por baixo. Do lado esquerdo existiram outras casas sobradas entretanto em ruínas e, defronte da capela, um curral.

Anteriores à fundação do Mosteiro são as sepulturas escavadas na rocha, que com o abandono do edifício ficaram soterradas. Deverão ser do séc. X/XII, anteriores à fundação do mosteiro, visto que uma delas se encontra cortada pela fachada da capela.

Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público, dispondo de zona especial de proteção, que abrange a antiga Ponte sobre o Rio Dão.

 

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