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Papa Francisco evoca Aristides de Sousa Mendes no “Dia da Consciência”

O Papa Francisco lembrou Aristides Sousa Mendes a propósito do “Dia da Consciência”, efeméride inspirada no antigo diplomata português que, há cerca de 80 anos, salvou a vida a milhares de judeus, noticiou o Vatican News.

Num apelo em prol da efeméride, feito durante a Audiência Geral desta quarta-feira (17 de junho), Francisco pediu para que a “liberdade de consciência seja respeitada”, dando como exemplo o caso de Sousa Mendes.

“Celebra-se hoje o ‘Dia da Consciência’, inspirado no testemunho do diplomata português Aristides de Sousa Mendes, que, há 80 anos, decidiu seguir a voz da consciência e salvar a vida de milhares de judeus e outros perseguidos” durante a Segunda Guerra Mundial.

“Que a liberdade de consciência seja sempre e em toda a parte respeitada e que cada cristão possa dar exemplo de coerência com uma consciência reta e iluminada pela Palavra de Deus”, acrescentou.

Aristides de Sousa Mendes nasceu em Cabanas de Viriato, concelho de Carregal do Sal (distrito de Viseu) a 19 de julho de 1885.

A partir de 1940, Sousa Mendes desempenhava as funções de cônsul em Bordéus, tendo concedido cerca de 30 mil vistos para salvar a vida de refugiados do nazismo, a maioria judeus, contra as ordens expressas do então regime português, liderado por António Oliveira Salazar.

Obrigado a voltar a Portugal, Sousa Mendes foi demitido do cargo e deparou-se com problemas financeiros, com a sua numerosa família. Morreu a 3 de abril de 1954, no Hospital dos Franciscanos, em Lisboa.

Em 1966, foi reconhecido pelo instituto Yad Vashem, memorial dos mártires e heróis do Holocausto, como um “Justo entre as Nações”.

Em 1998, foi condecorado a título póstumo com a Cruz de Mérito pela República Portuguesa, pelas suas ações em Bordéus.

A 9 de junho deste ano, a Assembleia da República aprovou por unanimidade o projeto de resolução da deputada não inscrita, Joacine Katar Moreira, para homenagear simbolicamente Aristides de Sousa Mendes no Panteão Nacional, através de um túmulo sem corpo, não implicando assim a habitual trasladação para o Panteão Nacional.

Joacine Katar Moreira propôs que o corpo continue no concelho de Carregal do Sal, terra onde nasceu e viveu Sousa Mendes, preservando a importância cultural e económica que a presença dos restos mortais do antigo cônsul tem no turismo da região.

 

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