O cabeça de lista do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) à Câmara de Viseu, Diogo Chiquelho, defendeu esta segunda-feira que o executivo deve dar direito de preferência aos produtores locais quando contrata serviços.
O PAN dedicou a manhã desta segunda-feira a arruadas por freguesias distantes da cidade de Viseu, nas quais encontrou poucas pessoas e cafés de portas fechadas.
“As aldeias estão muito ao esquecimento. Chegamos a certas aldeias e não conseguimos encontrar as pessoas, não conseguimos encontrar quem cá trabalhe”, desabafou o candidato do PAN, em declarações à agência Lusa, acrescentando que os moradores optam pela “trajetória pendular de ida e volta para os centros urbanos”.
Na sua opinião, uma das formas de criar mais empregos nas aldeias é “promover a produção local”.
“Defendo que a Câmara Municipal de Viseu tem urgentemente de dar o direito de preferência aos produtores locais, em especial àqueles que tenham práticas sustentáveis, aquando de contratação pública”, afirmou.
Diogo Chiquelho questiona, se a Câmara tem um evento, em vez de ir a um restaurante relativamente ao qual se sabe que “a produção não é a mais correta, não é preferencial, porque não contratar um restaurante que tem produção sustentável, biológica”.
“Aí é que temos a Câmara a entrar onde deve entrar, a promover esses ideários de economia sustentável, de economia circular, de agricultura sustentável”, frisou.
Segundo o candidato, “há jovens que querem viver da agricultura”, só que isso “não compensa, porque todo o processo produtivo é altamente custoso e as únicas entidades que ganham são os vendedores finais”.
“Muitas vezes, ainda nem o vegetal saiu da terra para ir para as caixas para ir para os supermercados e já está a dar prejuízo”, lamentou.
Ao andar pelas aldeias, o candidato ouviu também preocupações relativamente à limpeza das matas, sobretudo dos mais velhos, que dizem não ter capacidade para fazer esse trabalho.
Uma das sugestões que foi deixada ao PAN por um dos munícipes foi a criação de um corpo profissional, que poderia funcionar em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas ou entidades privadas.
“Obviamente não seria um serviço gratuito, mas sim um serviço com o pagamento de uma taxa”, acrescentou.
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