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Nova urgência do Centro Hospitalar Tondela-Viseu acolhe sexta-feira primeiro doente

As novas instalações da Urgência Polivalente do Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) acolhem o primeiro doente na sexta-feira, depois de concluídas as obras iniciadas em novembro de 2020, anunciou o diretor do serviço, Miguel Sequeira.

“Iremos fazer uma transferência de doentes de forma gradual. Na sexta-feira iremos transferir os doentes da cirurgia”, explicou Miguel Sequeira aos jornalistas, no final de uma visita às instalações.

Segundo o responsável, serão transferidas “as especialidades das áreas do espaço modular que estava a servir de apoio” à urgência desde há um ano, um trabalho que deverá ficar concluído no dia 28.

“A entrada dos doentes continua a ser feita como neste momento, no espaço modular. Na quarta-feira, dia 29, já não teremos aquele espaço modular ativo, será desativado”, explicou, acrescentando que ainda não está marcada a data da cerimónia de inauguração.

As obras de requalificação e ampliação do serviço de urgência representavam, inicialmente, um investimento de cerca de 6,4 milhões de euros e tinham um prazo de execução de 400 dias.

Segundo Miguel Sequeira, as novas instalações permitiram duplicar a área de atendimento e proporcionar espaços mais agradáveis quer aos doentes, quer aos profissionais.

“Temos uma afluência diária de cerca de 250 doentes e, claramente, o espaço físico que tínhamos era deficitário para um atendimento adequado. Duplicando a área clínica, conseguimos aumentar essa capacidade de resposta até cerca das 400 admissões diárias”, explicou.

As novas instalações permitem também implementar “um conceito de separação dos doentes por prioridade atribuída na triagem” e “uma separação clara em termos físicos de doentes ditos não urgentes dos doentes ditos urgentes”, evitando “cruzamentos por áreas clínicas, que aconteciam anteriormente”.

“E permite um circuito em que o doente da urgência não se cruze com doentes do internamento, que vêm para realização de exames programados de ambulatório”, acrescentou.

O responsável referiu que a nova forma de funcionamento, com áreas mais dispersas, obrigou ao “reajuste do número de enfermeiros”.

“Em termos médicos não está previsto esse aumento, mas com este espaço também conseguimos um nível de organização um bocadinho diferente e melhor, ou seja, em termos de eficiência acho que vamos melhorar, com o mesmo número de recursos que tínhamos anteriormente”, frisou.

De acordo com o diretor do serviço de urgência, a ideia é que, quando o doente entra, fique “alocado a um espaço e todos os recursos de que precise sejam canalizados para esse espaço, sem haver necessidade de o doente se deslocar”.

“O doente só se desloca para a realização de exames de imagem ou para exames complementares de diagnóstico, de gastroenterologia, de otorrino ou de outra especialidade em que precisa de meios técnicos que estão noutras áreas do hospital”, acrescentou.

Excecionando os menos graves, triados com as cores verde e azul, os doentes terão vigilância direta e constante dos profissionais.

No seu entender, isso permitirá esbater a “sensação de não estar ninguém a cuidar, ninguém a olhar”.

Miguel Sequeira adiantou que também será reformulado o sistema de acompanhantes dos doentes dentro do serviço: “é algo em que estamos a trabalhar para permitir que eles tenham mais próximo não só os profissionais, mas também os seus familiares”, o que atualmente não é permitido.

Lusa

 

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