O PCP de Viseu pediu hoje ao Governo que defenda os trabalhadores da empresa Borgstena, em Nelas, porque “está em curso um processo de despedimentos” alegadamente motivado pela “quebra de produção no setor por falta de um chip”.
Em comunicado, o PCP refere que já enviou uma pergunta ao Governo sobre esta situação.
“Segundo nos foi possível conhecer, sob o argumento da quebra de produção no setor por falta de um chip, a empresa está a chamar individualmente os trabalhadores, previamente selecionados, e a comunicar-lhes a decisão, pretendendo que este processo reduza em 40% o número de trabalhadores da empresa”, lamenta.
O PCP refere que, “ao longo dos últimos anos, de forma sistemática e programada, a Borgstena tem procedido à substituição de trabalhadores com mais tempo de casa por trabalhadores precários”.
“A Borgstena emprega centenas de trabalhadores e tem recebido apoios públicos para o desenvolvimento da sua atividade ao longo dos anos”, particularmente durante a pandemia, recorrendo ao ‘lay-off’, acrescenta.
No entender do PCP, as grandes empresas e os grupos económicos têm aproveitado a pandemia “para reduzir direitos aos trabalhadores e aumentar os seus lucros”, sendo o caso da Borgstena mais um exemplo concreto.
Neste âmbito, considera que o Governo “tem de agir e intervir no sentido de defender estes trabalhadores e garantir os postos de trabalho, na medida em que a Borgstena usufrui de apoios públicos”.
Estes apoios públicos “têm de ser acompanhados de garantias da empresa quanto ao desenvolvimento da sua atividade e à defesa dos postos de trabalho”, defende.
Comente este artigo