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“Musgo” instala-se na Quinta da Cruz em Viseu

O fascínio por musgo em Rita Castro Neves e Daniel Moreira motivou esta dupla a criar uma instalação artística na Quinta da Cruz – Centro de Arte Contemporânea, em Viseu, que estará patente deste sábado e até 22 de julho.

“Musgo” é uma instalação que revela um “certo fascínio” que estes dois artistas têm pela planta e, em sintonia com outros elementos, explora a relação do corpo com a mente.

“Esta instalação pensa muito a relação entre o cérebro e a mão, o fazer, o corpo e a mente. É quase o explorar uma ideia de pensar com as mãos e sentir com o cérebro e com a visão”, adiantou Rita Castro Neves.

A artista acrescentou que “é uma exploração conceptual sobre o sensorial” e admitiu que a exposição “não é interativa nem é para as pessoas sentirem”, mas “está lá pensada e representada” esta relação.

À agência Lusa, este casal de artistas, que reside entre o Porto, de onde são naturais, e a serra de São Macário, em São Pedro do Sul, contou que esta instalação foi trabalhada durante um ano e a ideia nasceu depois de conhecerem o espaço.

A Sala do Forno, na Quinta da Cruz – Centro de Arte Contemporânea acolhe, a partir deste sábado, e até 22 de julho, a instalação “Musgo”, uma “planta da sombra” que provoca no casal “um certo fascínio”. 

“Pelas suas qualidades como a humidade, a textura, que é muito particular, e esse fascínio fez-nos pensar nas obras para a Sala do Forno que, só por si, já é interessante, porque é um lugar do fogo e da transformação da matéria, um contraste que nos interessou bastante”, admitiu. 

Esta instalação resultou de “uma residência artística na Quinta da Cruz e nas carpintarias do município, onde foram construídas as peças juntamente com os carpinteiros do município” de Viseu.

Rita Castro Neves e Daniel Moreira desvendaram que “no centro da sala destaca-se uma máquina de mostrar imagens” construída por este casal e que “é como uma experiência sobre possibilidades de percecionar paisagem”.

“A peça evoca a imagem histórica de um visor estereoscópico, esses pequenos dispositivos comuns na segunda metade do século XIX, que criavam a impressiva ilusão de profundidade tridimensional, em três dimensões, a partir de duas fotografias bidimensionais quase idênticas”, remataram.

 

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