“Do bronze ao aço” inaugura este domingo, dia 25. Exposição propõe uma viagem no tempo e na história do imponente Castro de Santa Luzia
Este domingo, dia 25 de outubro, o Museu do Quartzo – Centro de Interpretação Prof. Galopim de Carvalho abriu portas a uma nova exposição temporária, revelando novos capítulos de uma história que remonta à Idade do Bronze e à ligação umbilical entre o Castro de Santa Luzia e as explorações mineiras aqui realizadas ao longo dos anos.
A exposição, intitulada “Do bronze ao aço”, inaugura pelas 16 horas e conta com a presença do Vereador da Cultura e Património do Município de Viseu, Jorge Sobrado, e do curador da exposição, Pedro Sobral de Carvalho.
Nesta proposta, os visitantes são convidados a viajar no tempo e a conhecer a história daquela que foi uma das mais importantes minas de quartzo no país.
O Castro de Santa Luzia é hoje um marco importante do património natural do concelho de Viseu, que abraça o Museu do Quartzo, mas é também ele uma “janela” privilegiada para o interior da terra e a sua riqueza mineral que, desde os finais da Idade do Bronze, há três mil anos, aqui atraiu grandes explorações metalúrgicas – nesta época com particular enfoque na extração do estanho, tendo em vista a execução da liga binária de bronze.
A estreia desta exposição traz também a público um olhar atento à história da Companhia Portuguesa de Fornos Elétricos, de Canas de Senhorim, que entre os anos de 1961 e 1986 aqui se instalou para explorar toneladas de quartzo, que transformava em ferro-silício, para uso no setor metalúrgico.
“Do bronze ao aço” procura ainda aproximar o visitante da sua narrativa, proporcionando uma componente audiovisual na qual são apresentados testemunhos de pessoas que, ao longo dos anos, estiverem envolvidas, a vários níveis, na história do Castro de Santa Luzia. É o caso do historiador e arqueólogo Alberto Correia, responsável pela condução dos trabalhos de arqueologia aqui realizados nos anos 80, enquanto decorria a exploração do quartzo; de Idálio Ferreira e Hermínio Silva Dias, outrora trabalhadores da Companhia Portuguesa de Fornos Elétricos; e Maria da Glória Lopes, que nos apresenta o seu testemunho sobre o outro lado das explorações e o seu impacto no quotidiano da comunidade e dos moradores da zona à época.
Tendo em vista o cumprimento de todas as normas estipuladas pela Direção-Geral de Saúde, nomeadamente de distanciamento social, a participação na inauguração é limitada e sujeita a inscrição prévia, a qual pode ser realizada online, na página de Facebook dos Museus de Viseu. O uso de máscara é obrigatório, assim como a respetiva higienização das mãos, estando para isso ao dispor equipamentos de desinfeção no espaço.
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