Vila Nova de Espinho, em Mangualde, dispõem agora de um pequeno largo, um memorial em homenagem à resiliência da população no incêndio de 15 de outubro de 2017, que provocou, na região Centro, a destruição de 500 mil hectares e matou mais de meia centena de pessoas.
Há seis anos, as chamas entraram pela freguesia de Espinho, no concelho de Mangualde, obrigando a população a proteger as pessoas, os bens e o território, o melhor que conseguiu.
“Este largo é um espaço de homenagem à resiliência das nossas gentes, da colaboração que prestou e do cuidado que teve em relação ao próximo”, sublinhou o presidente da Junta de Freguesia de Espinho, António Monteiro, durante a inauguração, na passada sexta-feira, quando a aldeia celebrou a festa religiosa em honra da Imaculada Conceição.
O pequeno largo, simbólico da memória da luta contra este trágico incêndio, foi possível graças a quatro cidadãos que cederam os terrenos onde antes havia casas, destruídas pelas chamas.
“Devemos a cedência do terreno a José Pereira dos Santos, José Marques Coelho, Arnaldo da Costa e Domingos Borges, a quem muito agradecemos”, realça o autarca.
Marco Almeida, presidente da Câmara de Mangualde, que inaugurou o memorial, considera tratar-se de “uma pequena obra”, mas com “enorme” significado.
“O que a população lutou contra este incêndio, os medos que enfrentou nesses dias e nos que se seguiram, a solidariedade que todos tiveram uns com os outros foi de uma nobreza gigante e, por isso, a data deve fazer parte da memória coletiva”, afirmou Marco Almeida.
Comente este artigo