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Foto: Alive FM

Incêndios de Castro Daire e Vila Nova de Paiva foram dos maiores de 2024

Em relação aos incêndios que deflagraram este ano de 2024, O ICNF, no seu relatório, da conta que fogo que começou em Castro Daire consumiu 18.369 hectares, enquanto que o de Vila Nova de Paiva consumiu 14.327 hectares. O de Penalva do Castelo destruiu 7.071 hectares e o de Nelas 6.828 hectares

O número de incêndios rurais registou o valor mais baixo da década, enquanto a área ardia foi a terceira maior, totalizando este ano 135.058 hectares, a maioria consumida pelos fogos de setembro.

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) avança no seu mais recente relatório que entre 1 de janeiro e 30 de setembro deflagram 6.319 incêndios rurais que resultaram em 135.058 hectares (ha) de área ardida, entre povoamentos (79.111 ha), matos (42.349 ha) e agricultura (13.598 ha).

Setembro é o mês com maior número de incêndios, com um total de 2.048 incêndios, o que corresponde a 32% dos fogos registados este ano. Também foi em setembro que as chamas consumiram a maior área ardida, 124.739 ha, correspondendo a 92% do total de área ardida do ano, segundo os dados provisórios do ICNF.

Apesar de o relatório não focar especificamente os incêndios da terceira semana de setembro, foi entre 16 e 20 desse mês que se registaram nas regiões norte e centro do país o maior número de fogos e área ardida, além de terem provocado nove mortes, queimado casas e destruídos terrenos agrícolas.

Nessa semana de setembro, o país passou dos melhores valores de área ardida da década para o terceiro pior desde 2014, sendo apenas ultrapassado em 2017 (563.000 hectares) e 2016 (165.000).

O ICNF dá conta que o maior incêndio do ano deflagrou em 16 de setembro no concelho de Castro Daire (Viseu) e consumiu 18.369 hectares, seguido do concelho de Sever do Vouga, com 15.186 hectares de área ardida e o fogo no concelho de Vila Nova de Paiva (Viseu), que também começou em 16 de setembro e totalizou 14.327 hectares.

Em destaque estão ainda os incêndios em Penalva do Castelo (Viseu), que consumiu 7.071 hectares, em Nelas (Viseu), com 6.828 hectares, em Baião (Porto), com 6.503 ha, e Oliveira de Azeméis (Aveiro), com 6.170 ha.

O ICNF sublinha que o distrito mais afetado em área ardida é Viseu com 49.163 hectares, cerca de 36% da área total ardida, seguido de Aveiro com 28.079 hectares (21% do total) e do Porto com 20.255 hectares (15% do total).

O ICNF indica também que cerca de um terço dos incêndios teve como causa este ano o “incendiarismo – imputáveis” e 26% queimas e queimadas.

Do total de 6.319 incêndios rurais verificados este ano, 4.438 foram investigados e têm o processo de averiguação de causas concluído, tendo a investigação permitido a atribuição de uma causa a 3.246, de acordo com o relatório.

O ICNF indica ainda que 30% dos incêndios deste ano corresponderam aos níveis de severidade meteorológica elevada, ou sejam dias tendencialmente com temperaturas elevadas, vento forte, ausência de precipitação e humidade relativa baixa.

Os dados do ICNF são diferentes dos avançados pelo sistema europeu Copernicus, que indicam que os incêndios florestais de setembro consumiram cerca de 135.000 hectares em seis dias, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares.

Este ano a época de fogos ficou ainda marcada pela queda, em 30 de agosto, de um helicóptero de combate a incêndios no rio Douro, que provocou a morte a cinco militares da GNR que faziam parte da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro.

(Fonte: ICNF)

 

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