O setor da construção civil está, desde o início do ano passado, a enfrentar problemas de falta de material, situação que afeta o normal funcionamento das empresas e, por conseguinte, os prazos de conclusão das obras.
A nível nacional, estima-se que o preço das matérias-primas tenha já sofrido uma inflação, durante 2021, superior a 35% em alguns casos.
A pandemia da Covid-19 não fez parar o setor da construção, mas a falta de matérias-primas ameaça paralisá-lo. Os stocks estão a escassear e a produção destes materiais continua a não acompanhar as necessidades do setor. E perante o desequilíbrio entre a oferta e a procura, os preços também subiram.
A falta de empresas de construção civil, de mão-de-obra e de matéria-prima está a provocar constrangimentos nos investimentos previstos pelo Município de Viseu para o concelho. O autarca Fernando Ruas, conclui que “não há necessidade de justificar o porquê de as obras estarem atrasadas, porque esta é uma situação generalizada em todo o território nacional”.
A escassez de materiais e a consequente escalada de preços, surge numa altura em que o mercado imobiliário de construção está em alta.
Há novos projetos em fase de acabamentos, projetos de reabilitação, obras públicas e construção apoiada por fundos comunitários, pressionadas por curtos prazos, segundo os dados da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN).
A empreitada de reconstrução do edifício da Casa das Bocas, para instalação de uma unidade de saúde familiar (USF), recorda o autarca de Viseu “é das poucas obras do município que está concluída”.
A instalação de uma unidade de saúde familiar na Casa das Bocas, em Viseu, vai abranger um universo de 1.800 utentes, e custou cerca de 1,9 ME.
A obra surgiu associada a um plano estratégico que a autarquia de Viseu tem para revitalizar o Centro Histórico da cidade.
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