Home / Notícias / Estudo revela que a situação económica de Viseu é a segunda mais difícil do país

Estudo revela que a situação económica de Viseu é a segunda mais difícil do país

Na 2ª Edição do Estudo Nacional de Competitividade Regional, recentemente lançada pela Zaask, em parceria com a Universidade Católica Portuguesa, e que contou com a colaboração de 1321 empresários portugueses, Viseu apresenta-se como o 2º distrito com pior situação económica a nível nacional – apenas ultrapassado por Castelo Branco – apresentando um valor médio de 2,25, quando a média nacional se encontra nos 2,8 pontos.

Tendo em conta o panorama económico do distrito, os empresários de Viseu foram bastante cautelosos no aconselhamento de criação de novos negócios. O distrito que, no estudo anterior, ocupava a primeira posição, onde os empresários mais aconselhavam a abertura de novas empresas, ficou agora na 15ª posição, passando de uma valor médio de 3,88 valores para 3,54 valores, face aos 3,71 de média nacional.

À semelhança da situação económica do distrito, a facilidade em abrir um novo negócio também já foi mais simples. No ano passado, os empresários da região atribuíram uma média de 3,06 valores em relação à facilidade de abrir uma nova empresa, tendo agora registado uma média de 2,38, posicionando o distrito no penúltimo lugar a nível nacional.

Tendo em conta a débil situação económica registada no distrito, os empresários têm maior receio do futuro. O optimismo que posicionou, em 2015, o distrito na 4ª posição do ranking nacional, é agora receado pela maioria, com um elevado nível de preocupação. A opinião dos empresários posicionou o distrito em 13º lugar com uma média de valores de 3,42 face aos 3,55 de média nacional.

Ainda assim, as empresas registaram um maior volume de receitas, sendo agora o 4º distrito do país onde as empresas apresentaram melhores resultados de facturação nos últimos 12 meses, passando de uma média de valores de 2,82 para 3,17.

Dados Nacionais

A Competitividade no Distrito

Comparativamente ao estudo anterior, existiu uma melhoria significativa do panorama empresarial português, com 63% dos empresários inquiridos a aconselhar o lançamento de um novo negócio, em contraste com os 49% no ano anterior.

De realçar, ainda, que apesar da melhoria significativa da economia nos distritos, foi registado um aumento de 5% (37% em 2015 e 32% em 2016) no grau de dificuldade de recrutamento, relativamente ao ano anterior. Apenas 15% dos empresários portugueses encara esta tarefa com facilidade.

Apoio do Governo Regional/Local

O nível de acompanhamento por parte do governo regional/local a pequenos empreendedores e empresas foi o que registou a avaliação mais negativa, com 66% dos empresários a considerar o apoio mau ou insuficiente. Uma análise baseada no país de origem dos empresários permite perceber que junto dos profissionais espanhóis há um maior conhecimento sobre Programas de formação para pequenos empreendedores: cerca de 41% dos espanhóis conhecem estes programas de formação, contra 19% dos profissionais portugueses.

Da mesma forma, 81% dos empresários portugueses admitiram não conhecer a oferta de programas de formação, sendo os programas de networking ainda menos conhecidos entre os inquiridos. Ainda assim, face aos 10% registados no ano anterior, 16% afirma ter conhecimento dos mesmos.

A empresa

No estudo de 2015, relativamente à situação atual da empresa, mais de metade dos empresários encaravam a sua situação como razoável (53%). Já em 2016, o indicador sobe ligeiramente e esta avaliação atinge os 59%.

No que concerne às receitas, os empresários espanhóis revelam, uma vez mais, uma avaliação mais negativa do que os portugueses: 31% considera que as receitas diminuíram muito ou um pouco face a 25% dos empresários portugueses. Por outro lado, 36% dos empresários portugueses referiram que as suas receitas aumentaram em 2016, face aos 33% em 2015 que o afirmaram.

Situação económica nacional/distrito

Quando questionados sobre a situação económica nacional, 60% dos empresários consideram ser razoável, boa ou muito boa. Com base no mesmo indicador, apenas 43% o avaliou desta forma em 2015.

Apesar da maioria dos empresários portugueses olhar com bastante pessimismo para a economia nacional, importa salientar que existiu um decréscimo na ordem dos 9% (14% em 2015 e 5% em 2016). Já no que respeita à economia dos seus distritos, a larga maioria (68%), considera a situação, razoável, boa ou muito boa.

Algumas curiosidades sobre os distritos

Portalegre e Viana do Castelo voltam a destacar-se no pódio dos distritos em que existe maior facilidade em contratar, enquanto Bragança foi o distrito que registou a maior evolução neste processo.

Portalegre é o distrito com maior acompanhamento por parte dos órgãos locais e regionais, sendo, simultaneamente, o distrito onde se verifica um maior aumento no número de receitas e o que apresenta melhores resultados.

– As Regiões Autónomas dos Açores e Madeira são as que mais conhecem a existência de ações de formação e de programas de networking, sendo também a Madeira uma das regiões com maior acompanhamento por parte das entidades locais.

Lisboa, em comparação com o Porto, registou melhores resultados em termos de acompanhamento, recrutamento, programas de formação e networking, no entanto, apresenta piores resultados financeiros, uma maior descida no número de receitas e um maior pessimismo em relação à evolução da situação económica das empresas e do distrito, comparativamente com os Portuenses.

Viana do Castelo é o distrito que apresenta melhor perspetiva de evolução nos próximos 12 meses e um dos que mais reconhece a existência de programas de formação.

Sobre o Estudo Nacional de Competitividade Regional:

A Zaask realizou, pelo segundo ano consecutivo, o seu Estudo Nacional de Competitividade Regional, através de um inquérito efetuado a 1321 micro, pequenas e médias empresas a operarem em território nacional. A Zaask propôs-se saber, uma vez mais, qual o sentimento dos empresários sobre a competitividade dos respetivos distritos e qual a visão das empresas relativamente à economia nacional e regional.

Para aceder ao estudo completo utilize o seguinte link: https://www.zaask.pt/regiao-centro/viseu

 

 

Pode ver também

Regresso do mau tempo com queda de neve

Depois do calor “primaveril” associado às “poeiras” vindas do norte de África e atendendo às …

Comente este artigo