Responsáveis de empresas de transportes da região Centro estão apreensivos com o futuro devido ao aumento do preço dos combustíveis, havendo aquelas que o estão a refletir para o mercado e outras que temem perder clientes se o fizerem.
Nelson Sousa, administrador da JLS – Transportes Internacionais, de Viseu, disse à agência Lusa que, nos últimos dois meses, a empresa tem subido os preços dos serviços que presta, mas que se nota “claramente uma quebra na atividade”.
“É a única forma. Pela fiscalidade já se viu que não vamos lá e o preço do combustível está a subir de uma forma generalizada não só em Portugal, mas pela Europa toda”, explicou o responsável, acrescentando que se nota, “de uma forma bem evidente, a quebra da exportação”.
Segundo Nelson Sousa, com o aumento do preço dos combustíveis, da energia e do AdBlue (líquido que reduz as emissões poluentes dos veículos a diesel), às empresas de transportes só resta “ajustar os custos de produção e as tabelas de venda”.
“O setor já tinha dado sinais de fragilidade no passado, com rentabilidades muito baixas, porque vivemos num contexto competitivo muito agressivo.
Quando estamos fragilizados, qualquer situação nos põe numa situação muito complicada”, frisou o administrador da JLS, que tem cerca de 280 camiões.
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